Terminou o IV Congresso Ibero-Americano de Cultura com o olhar posto no futuro

O IV Congresso Ibero-Americano de Cultura terminou no dia 17 de setembro na cidade argentina de Mar del Plata após três dias de reflexões sobre o impacto que as alterações políticas, sociais e económicas que ocorrem na região têm no âmbito cultural.
“A Ibero-América passou por…

O IV Congresso Ibero-Americano de Cultura terminou no dia 17 de setembro na cidade argentina de Mar del Plata após três dias de reflexões sobre o impacto que as alterações políticas, sociais e económicas que ocorrem na região têm no âmbito cultural.

“A Ibero-América passou por verdadeiros assassínios culturais. É necessário debater a razão pela qual devemos mudar um destino que tem páginas extremamente dolorosas. Por isso, é necessário falar de uma indissolúvel relação entre política e cultura; há que olhar para trás para avançar”, afirmou o Secretário da Cultura argentino, Jorge Coscia, no encerro do congresso.

Organizado pelo Governo argentino e pela Secretaria-Geral Ibero-Americana, o encontro celebrado em Mar del Plata (400 quilómetros a sul de Buenos Aires) contou com a assistência de 22 países reunidos sob o tema “Cultura, política e participação popular”.

O congresso reuniu funcionários, especialistas e personalidades de diversos campos criativos e, paralelamente, desenvolveu uma abundante agenda de espetáculos.

Estiveram presentes ministros de todo o bloco e o Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias, dissertaram sobre diferentes temas e também se desenvolveram atividades paralelas como os Cofralandes, um espaço destinado a organizações sociais e artistas; ou a homenagem a Astor Piazzolla na Praça Colón e as atividades para crianças.

Na sua intervenção, Enrique V. Iglesias assinalou que o progresso de um país não deve medir-se apenas através do seu produto interno bruto mas também deve juntar-se o seu desenvolvimento nas artes.

Opinou que uma forma eficaz para combater o racismo e a xenofobia é através da poesia, do teatro, do cinema e das demais criações humanas.

Iglesias salientou que na a região alcançou sucessos em matéria de políticas culturais, mas faz falta que os seus realizadores (desde os artistas aos promotores) recebam mais apoio por parte dos Estados.

Jorge Coscia, pelo seu lado, assinalou que “Estamos a construir com as ferramentas da cultura, da política e da participação popular, esse magnífico fenómeno da integração, completando um processo que já tem cinco séculos”.

Este congresso cultural deu origem a um documento de balanço que será entregue às autoridades da região, conjuntamente com outros dez textos que incluem sugestões de políticas a desenvolver nas áreas da música, artes visuais, letras, audiovisual, organizações culturais de base, políticas culturais no âmbito municipal, jornalismo e política universitária. A quinta edição do Congresso Ibero-Americano de Cultura será celebrada em 2012 em Zaragoza, Espanha, e o tema de debate será “Cultura e tecnologia”.

 

 

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