Apresenta-se em Uruguai o Relatório da Cooperação Sul-Sul na Ibero-América 2016

O “Relatório de Cooperação Sul-Sul 2016” foi apresentado em Montevidéu pela Secretária-Geral Ibero-Americana, Rebeca Grynspan, no marco dos eventos que comemoram em toda a região os 25 anos de Cúpulas Ibero-americanas.

A Cooperação Sul-Sul Bilateral, aquela na qual os países são tanto receptores como ofertantes de cooperação, somou quase 900 iniciativas (552 projetos e 333 ações) na Ibero-América em 2014. Argentina, Brasil, México, Colômbia e Uruguai destacaram como os principais dos 15 ofertantes, enquanto El Salvador, Bolívia, Costa Rica, Peru e Uruguai destacam-se entre os 19 países receptores de cooperação.

A maioria dos 552 projetos foram centrados nos setores produtivos da economia (40%) como o agro o a indústria, e no âmbito social (30%) como a saúde. Ainda assim, cabe mencionar o fortalecimento institucional, infraestrutura e serviços econômicos, meio ambiente e cultura ou gênero.

“Já não temos uma dinâmica de doador-receptor, com países industrializados transferindo recursos a países em desenvolvimento”, disse a Secretária-Geral Ibero-Americana, Rebeca Grynspan. Explicando uma virtude central da Cooperação Sul-Sul, acrescentou que “hoje os países podem ser, ao mesmo tempo, doadores e receptores de cooperação, a maioria de países ibero-americanos desempenham ambos papéis, já que todos temos algo  por  aprender e algo a contribuir e isto  é evidente em nossa região”.

sursurpt-200x283O Relatório também destaca o avanço da Cooperação Sul-Sul Triangular, aquela na qual países e também organismos exercem o papel de um segundo oferente. Tal modalidade multiplicou-se por nove desde a primeira edição do Relatório (21 projetos ou ações em 2006 frente a 183 em 2014), crescendo a uma taxa media anual de 27%. Em 2014 destacaram no papel de primeiro oferente o Chile, o Brasil e a Argentina, no de segundo a Espanha, a Alemanha e o Japão, e no papel de receptor El Salvador, Peru e Paraguai, em áreas enfocadas no âmbito social, os setores produtivos, o fortalecimento institucional e o meio ambiente.

 

Inovações

A nona edição do Relatório coincide com o impulso à Agenda para o Desenvolvimento e a meta de alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até o ano de 2030. O Relatório assume o desafio de se alinhar com as metas definidas na nova Agenda de Desenvolvimento Sustentável para alcançar os ODS. Foram identificadas colaborações diretas a 9 dos 17 ODS: os referidos a pessoas (Fome Zero e Saúde e Bem-estar), prosperidade (Trabalho Decente e Crescimento Econômico e Indústria, Inovação e Infraestrutura), planeta (Produção e Consumo responsáveis, Ação pelo Clima, Vida Submarina, e Vida de Ecossistemas Terrestres), assim como justiça (Paz, Justiça e Instituições Sólidas).

Além disso, o Relatório 2016 inclui um novo capítulo dedicado à Cooperação Sul-Sul da Ibero-América com outras regiões em desenvolvimento. Perante às crescentes  capacidades dos países ibero-americanos em gerar soluções concretas aos desafios do desenvolvimento Sustentável que afrontam os países do Sul em diferentes partes do planeta, espera-se que este capítulo se converta em um item  fixo do Relatório.

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