A Rede EAMI celebra um encontro extraordinário com os 22 países ibero-americanos para impulsionar a colaboração internacional contra a COVID-19

A Rede de Autoridades de Medicamentos da Ibero-América (Rede EAMI), coordenada pela Agência Espanhola de Medicamentos e Produtos Sanitários (AEMPS), convocou com o apoio da Secretaria-Geral Ibero-americana (SEGIB) um encontro extraordinário com as Autoridades em Medicamentos dos 22 países ibero-americanos.

Reunion-Red_EAMI_web_COVID19A Rede EAMI e a SEGIB continuam buscando sinergias que permitam seguir de perto a evolução desta crise na Ibero-América. Por isso, desde o Secretariado EAMI e em colaboração com a SEGIB, foi coordenada uma Assembléia extraordinária sobre a COVID-19 na Ibero-América na quinta-feira, dia 16 de abril.

O objetivo fundamental desta convocatória virtual se centrou em realizar uma análise do estado de situação atual da COVID-19 na Região e fortalecer o intercâmbio de experiências institucionais perante a gestão desta pandemia.

O encontro contou com a abertura oficial por parte da secretária-geral ibero-americana, Rebeca Grynspan, e da diretora da Agência Espanhola de Medicamentos e Produtos Sanitários (AEMPS) e membro permanente do Secretariado da Rede EAMI, María Jesús Lamas. Além disso, este espaço deu a oportunidade de participar a 33 representantes que ofereceram a análise do estado da situação atual em cada um dos 20 países ibero-americanos representados.

Dada a experiência gerada perante a atual pandemia de Coronavírus na Espanha e na Europa, a diretora da AEMPS Maria Jesús Lamas, explicou as atividades que esta agência reguladora colocou em funcionamento para a gestão desta crise, centrando-se em três linhas de atuação:

1- Novos estudos que gerem conhecimentos sobre a enfermidade

2- Garantir a disponibilidade de medicamentos

3- Colaboração na rede mundial de regulação de medicamentos que permita encontrar as vias mais rápidas para dispor de uma vacina contra o Coronavírus.

Por outro lado, a Rede EAMI apresentou aos máximos representantes das Autoridades Ibero-americanas a plataforma “Em rede contra COVID-19”, inicializada com o apoio da SEGIB. Desde o Secretariado, enfatiza-se a importância de partilhar e consultar informação oficial sobre tratamentos, ensaios clínicos de medicamentos e guias técnicas que permita reforçar a resposta dos países frente à pandemia de Coronavírus (COVID-19).

Principais conclusões

A AEMPS sublinhou sua disposição através da Rede EAMI, especialmente perante esta crise que não conhece fronteiras, assegurando que estamos frente a um vírus que não pode se circunscrever a nenhum país e que a cooperação ibero-americana é fundamental na preparação para sua possível chegada e fortalecimento de uma resposta conjunta.

A SEGIB, plataforma de cooperação com grande experiência no intercâmbio horizontal, enfatizou a disponibilidade de todos seus canais de atuação para apoiar o reforço da resposta à COVID-19 na Ibero-América. Da mesma forma, destacou a importância de continuar partilhando informação oficial e científica, baseada em fatos e evidências, para combater a lacra de desinformação global e otimizar as intervenções locais.

Todos os países reconheceram a necessidade de solidariedade e ajuda mútua através de espaços multilaterais que permitam partilhar informação de forma efetiva e tirar conclusões globais acertadas. Neste sentido, a Rede EAMI incorporou uma linha de atuação e comunicação permanente no marco de seu Plano Estratégico que permitirá o seguimento desta conversação através de seu Secretariado.

A rede EAMI destacou, ainda, a importância de atuar contra a venda de medicamentos falsos sublinhando que os sites web não regulados, as plataformas das redes sociais e as aplicações dos telefones inteligentes podem ser vias diretas a produtos médicos de qualidade subpadrão e falsificados. Nesse sentido, a Rede colocou à  disposição das Autoridades o sistema de notificação online de venda de medicamentos falsificados  e fraudulentos: FALFRA e disponibilizou publicamente a informação em espanhol sobre o Convênio Medicrime e as recomendações publicadas com relação ao contexto da COVID-19.

Mais informação

Veja todos os assuntos