O Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias, exortou os países latino-americanos a explorar e realizar entre si alianças estratégicas, para tornar a região um grande centro de exportação internacional de tecnologias de informação e comunicação.
Iglesias sublinhou que a região pode aspirar a tal, em primeiro lugar porque o seu mercado interno se vai desenvolver. “Tal como as coisas estão”, referiu, “a América Latina está a caminho de se tornar uma das regiões mais dinâmicas do mundo que virá”.
Neste sentido, susteve que a região já tem uma potência emergente a nível mundial, que virão outras, e terá um mercado em expansão realmente muito grande para aprender, trabalhar e “a realização de alianças estratégicas deve ser um objetivo importante a perseguir”.
Estes conceitos fizeram parte de uma mensagem gravada que o Secretário-Geral Ibero-Americano enviou à conferência Montevideu BIZIT 2011, que reúne os expoentes máximos da indústria de tecnologias da informação da Ibero-América e cujo objetivo é, precisamente, promover estratégias que impulsionem o desenvolvimento e as oportunidades de negócios.
O evento tem lugar na capital uruguaia entre 23 e 25 de março, organizado pela Câmara Uruguaia de Tecnologias da Informação, a Câmara de Indústrias do Uruguai e o Laboratório Tecnológico do Uruguai, com o apoio do Programa Ibero-Americano de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento (CYTED), o Programa Al Invest e a Agência Nacional de Investigação e Inovação do Uruguai.
Os dois grandes temas que dominam o encontro são a transversalidade e a regionalização das Tecnologias da Informação e Comunicação, centradas na discussão sobre políticas que promovam o fortalecimento da região como um pólo tecnológico internacional.
Iglesias destacou noutra parte do seu discurso que uma das características fundamentais destas tecnologias é a transversabilidade dos seus impactos, porque incidem diretamente na competitividade dos fatores de produção a todo os níveis e em todas as áreas.
Entre elas mencionou a agricultura, a indústria, os serviços e acrescentou que estas tecnologias “se tornam grandes instrumentos de eficiência produtiva que alcança as diferentes modalidades de negócios mas também outros setores chave como a educação”.
As TIC, referiu, “são um grande fator de emprego, de salários em qualidade, de internacionalização das nossas empresas e também têm um enorme impacto social, porque temos a sociedade mais informada na história do mundo”.
Também destacou os avanços registados no Uruguai por um setor que se mostra particularmente dinâmico e inovador, ao ponto que em termos absolutos, este país – apesar da sua pequenez territorial – é hoje o terceiro da América Latina em software e tecnologias da informação.
Na abertura da conferência, participaram o Vice-Presidente do Uruguai, Danilo Astori; o Ministro da Indústria, Energia e Minas, Roberto Kreimerman; o Presidente da Câmara Uruguaia de Tecnologias da Informação, Alvaro Lamé; o Secretário Executivo da Agência Nacional de Investigação e Inovação, Fernando Amestoy; e o Presidente da Federação de Associações da América Latina, Caribe e Espanha de Tecnologias da Informação (ALETI), Jorge Cassino.
No âmbito desta conferência, realiza-se igualmente a XXIII Assembleia Anual de ALETI, com participação de representantes de 21 entidades, cujo objetivo é a elaboração de estratégias e planos de ação que apontem para a integração das indústrias do setor com as outras estruturas económicas dos países.
Em paralelo, realiza-se igualmente o Fórum Regional Iberoeka, âmbito para os debates entres prestigiosos expositores uruguaios e internacionais, que procuram promover as sinergias e intercâmbios entre os diversos atores do setor de TIC e de outras indústrias. Do mesmo modo, desenvolvem-se encontros de negócios entre empresários ibero-americanos.
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