Enrique V. Iglesias destacou o atractivo da América Latina para os investidores

“Neste momento, está a olhar-se para a América Latina como um lugar de investimento”, disse Iglesias durante a sua intervenção nas jornadas “A Ibero-América Investe. As empresas globais no arranque económico”, que se celebrou em Madrid nos dias 20 e 21 de Setembro. Afirmou também…

“Neste momento, está a olhar-se para a América Latina como um lugar de investimento”, disse Iglesias durante a sua intervenção nas jornadas “A Ibero-América Investe. As empresas globais no arranque económico”, que se celebrou em Madrid nos dias 20 e 21 de Setembro. Afirmou também que a América Latina é agora um local “mais atraente para investir do que antes e elogiou o processo de internacionalização das empresas na região. O Secretário-Geral Ibero-Americano inaugurou, junto da Ministra espanhola da Economia, Elena Salgado, o seminário centra-se na Ibero-América como local de investimento e reúne políticos e empresários da região.

Iglesias sublinhou que o mundo vive uma “crise muito profunda” que afecta “de forma mais forte os países industrializados do que as áreas emergentes: Ásia e América Latina”. Essa duas regiões “são forças importantes. São parte da solução do problema e não são parte do problema da crise”. Assinalou também a solidez da economia da América Latina, que terá uma “expansão” nos próximos anos, porque “aprendeu a “gerir a macroeconomia” mediante o respeito dos equilíbrios fiscais, a prudência na utilização da moeda, a abertura externa, as reformas financeiras e a independência dos bancos centrais.

Todo esse conjunto de elementos são pontuais dão-se hoje na América Latina, afirmou o Secretário-Geral, que valorizou a “crescente diversificação” da economia latino-americana, que supõe “uma nova reforma importante na estrutura produtiva na região”. Neste sentido, destacou também que a América Latina “encontra-se hoje vinculada de forma muito importante ao mercado asiático.”

“Para nós hoje, o  mercado asiático na América Latina constitui um factor de grande significado. Estamos unidos a um mercado ávido de matérias primas. A América Latina tem 50% do cobre (a nível mundial), 25% do ferro, e 35 por cento da água potável, e 15% de todas as terras férteis.

“Estamos – prosseguiu – em presença de uma particular relação com um mundo dinâmico como é o caso do mundo asiático. Isto faz com que haja um empurrão muito significativo nas empresas da América Latina.”

O Secretário-Geral Ibero-Americano acredita que “existe um processo de internacionalização” das empresas latino-americanas que poderia conduzir a “alianças inteligentes para a superação da crise”. A esse respeito, contribuiu com um dado muito clarificador: “Das 471 empresas estabelecidas na região com rendimentos superiores a 500 milhões de dólares, 21% já tem investimentos fora do seu país de origem.” Assim, defendeu a “cooperação económica entre os países ibero-americanos”, um “movimento muito importante que atravessou várias épocas”.

Iglesias assinalou também a importância do factor demográfico (somos 560 milhões de pessoas), que está “vinculado à juventude e à crescente classe média”, na economia regional, porque se trata de “uma população mais educada, jovem, com capacidade consumo, com capacidade de trazer trabalho qualificado”. Outro factor chave é “a solidez dos sistemas financeiros”, que fez com que a América Latina “pudesse aguentar melhor o temporal” da crise devido à “prudência” da banca latino-americana, acrescentou.

 

 

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