Encontro Ibero-Americano de Culturas e Comunidades Afro-descendientes pede o fim do racismo

A SEGIB participa no Encontro Ibero-Americano de Culturas e Comunidades Afro-descendentes, o primeiro desta natureza, que se celebra nos dias 23 e 24 de agosto na cidade colombiana de Cali, e cujo objetivo é debater sobre a situação atual e as perspectivas das comunidades afro…

A SEGIB participa no Encontro Ibero-Americano de Culturas e Comunidades Afro-descendentes, o primeiro desta natureza, que se celebra nos dias 23 e 24 de agosto na cidade colombiana de Cali, e cujo objetivo é debater sobre a situação atual e as perspectivas das comunidades afro da região da Ibero-América.

O encontro, que procura visualizar, partilhar e analisar as diferentes políticas públicas de inclusão e os mecanismos contra a discriminação racial que existem, assim como as iniciativas de empreendorismo e as contribuições das comunidades afro, negras e de raiz na construção as nações da região da ibero-américa, conta com a presença de numerosos líderes políticos, culturais e sociais.

O evento é organizado pela Presidência da República da Colômbia, do Ministério da Cultura, da Direção de comunidades negras, afro-colombianas e de raiz da Alcadía de Santiago de Cali e a Organização de Estados Ibero-Americanos, como parte da comemoração do Ano Internacional dos Afro-descendentes 2011.

Também conta com o apoio da Gobernación del Valle del Cauca, a Comunidade Andina de Nações, o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para o Desenvolvimento e a Organização Internacional para as Migrações.

Entre os conferencistas encontra-se Rodrigo Borja, Ex presidente do Equador; ativista pelos direitos humanos da comunidade afro-descendente das mulheres da Costa Rica, Epsy Campbell Barr; Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias; Secretário Geral da Organização de Estados Ibero-Americanos para a Ciência, Educação e Cultura (OEI), Álvaro Marchesi, e Christian Salazar Volkmann, representante na Colômbia da Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos.

O Vice presidente da Colômbia, Angelino Garzón; o Ministro do Interior, Germán Vargas Lleras, e o historiador e antropólogo Germán Patiño, são alguns dos líderes colombianos que estarão presentes.

Durante a cerimónia da inauguração, o representante na Colômbia da Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Christian Salazar, alertou sobre a situação específica neste país, que com 4,5 milhões é o segundo país da Ibero América com maior número de afro-descendentes, quer dizer, 10% da população.

Também instou estas comunidades a seguir o exemplo das “mulheres que com o seu esforço conseguiram uma igualdade legislativa” e animou-as a “fortalecer os seus organismos e conselhos uma vez que são a sua forma de expressão social e cultural”.

Pelo seu lado, Enrique V. Iglesias pediu aos governos ibero-americanos e aos cidadãos que continuem a procurar soluções para a desigualdade e políticas e comportamentos racistas.

O vice presidente colombiano, Angelino Garzón, comprometeu-se a celebrar “uma reunião com as comunidades afro-descendentes antes do dia 30 de outubro”, quer dizer, um diálogo social que contemple os problemas reais.

A data limite está marcada pelas eleições locais que terão lugar nesse dia, uma vez que as propostas de Garzón é a criação de escritórios especializados dentro das próprias governações e dirigidos por pessoas afro-colombianas para tratar os seus próprios problemas.

Vídeo do Encontro Ibero-Americano de Culturas e Comunidades Afro-descendentes:

 

 

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