Diálogo sobre o impacto da pandemia na educação superior e a transformação digital das universidades na Ibero-América

Ministros, vice ministros e altos cargos de Educação Superior de 16 países da Ibero-América analisaram o impacto da pandemia do Coronavírus sobre a educação superior e avançaram linhas de ação que permitam manter os avanços alcançados no ensino superior ao longo dos últimos anos, através da transformação digital das universidades, da capacitação do professorado, entre outros.

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Ministros, vice ministros e altos cargos de Educação Superior de 16 países da Ibero-América analisaram o impacto da pandemia do Coronavírus sobre a educação superior e avançaram linhas de ação que permitam manter os avanços alcançados no ensino superior ao longo dos últimos anos, através da transformação digital das universidades, da capacitação do professorado, entre outros.

Segundo dados da UNESCO, uns 24 milhões de estudantes universitários na América Latina e cerca de 1,4 milhões de docentes viram-se afetados diretamente pelo fechamento das instituições de educação superior por causa da pandemia, o que ameaça com aprofundar as desigualdades educativas que  a região tinha antes da pandemia.

A reunião esteve emoldurada na série de diálogos de alto nível que organizam o Ministério de Assuntos Exteriores, a União Europeia e Cooperação (MAEC) e a Secretaria-Geral Ibero-americana (SEGIB) para tratar o impacto da pandemia na Ibero-América, desde diferentes enfoques. Foi inaugurada pela secretária-geral Ibero-americana, Rebeca Grynspan, o ministro de Universidades Manuel Castells e a ministra de Exteriores Arancha González Laya.

A videoconferência intitulada “Diálogo sobre o impacto da crise do Coronavírus COVID-19 nas Instituições de Educação Superior: respostas à emergência e transformação digital da Educação Superior”, permitiu pôr em comum experiências dos distintos países da região na atividade acadêmica não presencial, assim como identificar atuações concretas, no marco da cooperação ibero-americana, que possam contribuir a melhorar esta resposta, sempre emoldurado no impulso de uma Estratégia Ibero-americana que aborde a transformação digital de uma maneira integral.

O diálogo ibero-americano sobre educação superior perante a pandemia, foi estruturado em torno a 4 temas chave, permitindo que os ministros e responsáveis de educação superior da região compartilhassem experiências e boas práticas:

  • A transformação digital como ferramenta de resposta à emergência acadêmica e transformação da educação superior. Carlos Martín Benavides Abanto, Ministro de Educação do Peru partilhou sua experiência.
  • Capacitação do professorado e acesso da comunidade universitária a recursos para o ensino e o aprendizado. Luciano Concheiro Bórquez, Sub secretário de Educação Superior (México)
  • Asseguramento da qualidade de ensinos virtuais. Manuel Castells, Ministro de Universidades (Espanha)
  • Equidade no acesso e continuação de estudos superiores na modalidade não presencial. Expõe Jaime Perczyk, Secretário de Políticas Universitárias (Argentina)

Durante a inauguração do encontro, a secretária geral ibero-americana, Rebeca Grynspan destacou que as novas tecnologias se converteram em grandes aliadas do processo educativo com o desdobramento de soluções de educação à distância para assegurar a continuidade da educação. “Ao mesmo tempo que se fechavam as portas das universidades, abriam-se as portas das tecnologias”.

No entanto, a brecha digital, produto da desigualdade social que persiste na América Latina, é um grande desafio para a educação superior da região, motivo pelo qual Grynspan fez um chamamento para que as universidades impulsionem as transformações necessárias para preservar os avanços alcançados em qualidade e cobertura da educação superior. “Não podemos permitir que os grandes avanços alcançados em matéria de qualidade e cobertura educacional prejudiquem as famílias que, com tanto esforço, conseguiram levar seus filhos à universidade”.

Por sua parte, a ministra de Exteriores, Arancha González Laya destacou a necessidade de garantir a equidade da educação à distância na modalidade não presencial, manter e melhorar a qualidade do ensino e inovar na educação não presencial.

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