O Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias, participou nos dias 9 e 10 de maio no II Fórum Internacional de Santo Domingo “Diálogo sobre Democracia, Desenvolvimento, Coesão Social e Segurança na América Latina”.
O Seminário, organizado pelo Instituto Internacional para a Democracia e a Assistência Eleitoral (IDEA Internacional), a Fundação Global Democracia Desenvolvimento (FUNGLODE), Pontificia Universidad Católica Madre y Maestra (PUCMM), a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID) e a Corporação de Estudos para a América Latina (CIEPLAN) do Chile, reuniu importantes personalidades do mundo académico, político e económico.
Este II Fórum Internacional serviu para debater os principais problemas que afetam os países da região mediante a análise de seis eixos temáticos: Panorama político – eleitoral; democracia e qualidade institucional; democracia, desenvolvimento Económico e coesão Social; democracia, coesão Social e segurança dos cidadãos; crise financeira internacional e ajuste macroeconómico; e oportunidades e desafios para a região na nova década.
Durante o primeiro dia de atividade, nas três primeiras mesas de debates, falou-se do panorama político-eleitoral da América Latina em 2011, a democracia, a qualidade institucional, o desenvolvimento económico e a coesão social. Os especialistas do primeiro grupo concordaram ao assinalar que a celebração de eleições regulares na América Latina não é garantia de maior coesão social nem de segurança para os cidadãos.
Os participantes consideraram também que as principais ameaças ao funcionamento da democracia são a reeleição, os pretextos artificiais para se manter no poder e a rigidez constitucional. A primeira mesa foi formada por Daniel Zovatto, do IDEA Internacional; Vinicio Cerezo, ex Presidente da Guatemala; e os representantes do Haiti, Peru, Argentina e Nicarágua, Ulrick Gaillard, Alfredo Barnechea, Carlos Malamud, e Carlos F. Chamorro, respectivamente.
O debate da segunda mesa centrou-se na qualidade da democracia e os partidos políticos latino-americanos. A principal conclusão foi que o problema mais evidente nesta região é a debilidade da representatividade dos grupos políticos. Os participantes alertaram para as vulnerabilidades e as ameaças que existem no sistema de partidos e destacaram a responsabilidade que os funcionários e os Estado têm em relação à democracia.
A terceira e a quarta mesa tiveram como tema central a democracia, o desenvolvimento económico e a coesão social. Os participantes consideraram que o êxito económico na América Latina não é determinante para o fortalecimento da democracia e vice-versa. Também asseguraram que a inclusão social e a cidadania são elementos fundamentais para o pleno exercício de liberdades e respeito pelos direitos sociais, cívicos e políticos. A terceira equipa foi formada por Martín Torrijos, Hugo Beteta, Ximena Ponce, Antonio Fernández Poyato e Wilfredo Lozano. No dia seguinte Lucía Dammert, Arturo Núñez, Rafael Pardo, Juan Rial e Francisco Rojas continuaram a agenda de análise de temas como a democracia, a coesão social e a segurança dos cidadãos.
A quinta mesa centrou-se em refletir sobre a crise financeira internacional e o seu impacto na América Latina. No debate participaram o Presidente Leonel Fernández, José Pablo Arellano, Augusto de la Torre, Miguel Székely e Mario Dehesa.
A sexta e última mesa debateu as oportunidades e desafios da América Latina. Nesta sessão participaram os ex presidentes Rodrigo Borja, Vinicio Cerezo, Martín Torrijos, o Secretário-Geral Ibero-Americano Enrique Iglesias e Miguel Ángel Bastenier, jornalista do jornal espanhol El País.
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