Conclui em Andorra o XVI Encontro Anual da Rede Ibero-americana de Escritórios de Mudança climática (RIOCC) com o compromisso de criar sinergias em favor da transição energética

Com o objetivo de trabalhar e continuar definindo as estratégias a médio prazo de luta contra a mudança climática e em favor da transição energética, nesta quinta-feira 7 e sexta-feira 8 de novembro Andorra acolheu o XVI Encontro Anual da Rede Ibero-americana de Escritórios da Mudança climática (RIOCC).

Comença la XVI trobada anual de la Xarxa Iberoamericana d'Oficines del Canvi Climàtic que acull avui i demà el Principat.Foto:SFGA/CEsteve
Começa a XVI Reunião anual da Rede Ibero-americana de Escritórios de Mudança climática. Foto:SFGA/CEsteve

Com o objetivo de trabalhar e continuar definindo as estratégias a médio prazo de luta contra a mudança climática e em favor da transição energética, nesta quinta-feira 7 e sexta-feira 8 de novembro Andorra acolheu o XVI Encontro Anual da Rede Ibero-americana de Escritórios da Mudança climática (RIOCC). Sob o guarda-chuva da Cúpula Ibero-americana, há 17 anos nasceu o encontro com a vontade também de criar redes e sinergias entre os distintos países que formam parte da Conferência Ibero-americana a fim de encontrar as melhores soluções de cooperação transfronteiriça para aquelas zonas regionais com zonas de caraterísticas similares, e levar as conclusões à XXVII Cimeira Ibero-americana a se celebrar em Andorra em 2020.

O diretor do Escritório de Energia e da Mudança climática de Andorra (OECC), Carles Miquel, foi o encarregado de dar as boas-vindas aos diferentes participantes dos 21 países que tomam parte do encontro. O diretor explicou o trabalho realizado nos últimos anos pelo Executivo em favor da luta contra a mudança climática e detalhou que atualmente no Principado se produz 0,001% das emissões globais de todo o planeta. Por sua vez o país tem a capacidade de absorver, através da natureza, 25% destas emissões.

O diretor da OECC explicou aos participantes as oportunidades que brinda a Lei de impulso da transição energética e da mudança climática (Litecc) que, entre outras, facilita o autoconsumo de energias renováveis nas residências privadas. Deste modo, coloca-se como objetivo poder incrementar os atuais 18% de produção de energia do país procedente de energias renováveis até uma terceira parte.

Também nas boas-vindas, o subdiretor do Escritório Espanhol de Mudança climática, Eduardo González, destacou que ao longo destes dois dias de celebração do encontro foram abordados os efeitos da mudança climática, assim como também o papel dos centros de pesquisa nesta luta. Finalmente, o diretor de Proposta, Coordenação, Evolução e Seguimento da SEGIB, Ignacio Uriarte, felicitou a iniciativa de Andorra de pôr as estratégias de luta contra a mudança climática no centro da Cimeira com a intenção de retomar a ministerial ibero-americana de Meio Ambiente para o próximo ano, que não se celebra desde 2009.

Inauguracio? XVI RIOCC.07-11-2019

Na primeira sessão de trabalho, o secretário de Estado de Meio Ambiente, Agricultura e Sustentabilidade, Marc Rossell, destacou que o Governo definiu uns objetivos estreitamente relacionados com os ODS para esta legislatura, 2019-23. Neste sentido, Rossell expressou que a adesão aos ODS deve permitir “garantir uma boa qualidade de vida para a geração atual e as que virão”. Desde o governo andorrano deseja-se chegar a alcançar a cifra de 100% das escolas do Principado aderidas ao plano de escolas verdes ou a renovação do parque imobiliário, entre muitos outros.

A segunda sessão centrou-se o debate na tarefa que realizam os observatórios e centros de pesquisa em ecossistemas concretos como o marinho no Panamá, o costeiro no Uruguai, no setor da saúde em Cuba, o terrestre no Paraguai e o montanhoso. Neste último caso a experiência compilada foi explicada pelo diretor da Comunidade de Trabalho dos Pirineus, Jean-Louis Valls e a coordenadora do Observatório Pirenaico da Mudança climática (OPCC), Idoia Arauzo.

Também foi possível pôr sobre a mesa as diferentes experiências do efeito da mudança climática em zonas de montanha. Precisamente, para potenciar as colaborações a nível regional por aquelas zonas onde são partilhadas caraterísticas similares, o diretor do CENMA, Ramon Copons, apresentou a Rede Ibérica de Pesquisa de montanha onde Andorra participa. No primeiro dia de trabalho também foi explicado o trabalho realizado pelo Observatório Ibero-americano de Desenvolvimento Sustentável e Mudança climática de La Rábida.

Finalmente, a jornada de trabalho continua durante a sexta-feira centrando as conferências em analisar o estado dos projetos e atividades que a RIOCC tem em funcionamento, assim como também os principais resultados dos foros sobre mudança climática celebrados recentemente como a PreCOP25, que teve lugar no mês passado na Costa Rica. Assim, também serão focados os desafios da COP25 que finalmente acolherá a Espanha sob a presidência do Chile.

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