A SEGIB organiza o Seminário Economia Ibero-Americana da Cultura

Com o propósito de fortalecer a identidade ibero-americana através da cultura e debater uma estratégia regional para o desenvolvimento da economia criativa, a Secretaria-Geral Ibero-Americana (SEGIB) junta durante os dias 2 e 3 de julho em Madrid, a especialistas da estatura de George Yudice (Costa…

Com o propósito de fortalecer a identidade ibero-americana através da cultura e debater uma estratégia regional para o desenvolvimento da economia criativa, a Secretaria-Geral Ibero-Americana (SEGIB) junta durante os dias 2 e 3 de julho em Madrid, a especialistas da estatura de George Yudice (Costa Rica), Néstor García Canclini (México), Ángel Mestre (Espanha), Pablo Capile (Brasil), Ramiro Osorio (Colômbia), Patricia Salvação Barreto (Portugal), Fernando Zapata López (CERLALC-UNESCO), entre outros, que acompanhados pelo Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias, falarão sobre o valor das indústrias criativas na economia e na construção do tecido social no Seminário Economia Ibero-Americana da Cultura.

O evento, em que participam ativamente a Secretaria Pro Tempore da XXII Cimeira Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo e o Ministério de Educação, Cultura e Desporto de Espanha, que se pode ver desde segunda-feira, 2 de julho, a partir das 9:30 a.m. (hora em Espanha), através da NCIWEBTV, no Canal Encontros Ibero-Americanos. Entre os temas a tratar estão a cultura digital, os novos modelos de negócios promovidos pelas Tecnologias da Informação e Comunicações e a contribuição das indústrias criativas para a economia dos países e para o desenvolvimento social.

O crescimento da economia criativa no mundo é inegável, tal como o antecipou a UNESCO quando anunciou que o comércio internacional de bens e serviços culturais, aumentou, entre 1994 e 2002, cerca de 5.2%; tendência que se tem vindo a manter-se durante os últimos anos.

De acordo com a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), apesar da crise da economia global, o mercado de bens e serviços criativos goza de um dinamismo sem precedentes. As exportações mundiais destes bens e serviços alcançaram em 2008 a soma de 592 bilhões de USD, consolidando um crescimento anual de 14% durante 6 anos consecutivos, o que parece que se manterá devido à firme procura global.

Apesar destes números, o setor criativo – formado pelas indústrias do livro, do cinema, da música, das artes, da fotografia, do software, dos jogos de vídeo, da rádio, da televisão, design e publicidade, entre outras – continua

Num relatório apresentado no início de 2012 pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), gerado a partir de resultados de estudos econômicos das Indústrias Criativas desenvolvidos em 30 – entre os quais se incluem cinco da América Latina e o Caribe: Colômbia, Jamaica, México, Panamá e Peru – revelou-se a contribuição destas indústrias para o PIB e o emprego, de acordo com cada setor.

Segundo o relatório, o setor da imprensa e do livro representa a mais elevada participação na geração de valor acrescentado (40.5% do PIB das indústrias criativas). As outras indústrias (software e bases de dados, rádio e TV, música e teatro, publicidade, cinema e vídeos) alcançam de forma conjunta 55% do valor acrescentado do setor.

Outro dado de interesse é que as Indústrias Criativas dos Estados Unidos e da Austrália registram as mais elevadas participações no PIB, com 11% e 10%, respectivamente; enquanto que o México e as Filipinas, pelo seu lado, registram as mais elevadas participações na geração de emprego, ao redor de 11%.

 

 

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