A contribuição da Comunidade Ibero-americana para a saída da crise

O Conversatório Ibero-americano “A contribuição da Comunidade Ibero-americana para a saída da crise”, celebrado no dia 19 de fevereiro na cidade do México, teve como orador principal o Secretário Geral Ibero-americano, Enrique V. Iglesias.
Estiveram presentes membros do corpo diplomático, personalidades do âmbito empresarial e acadêmico, assim como funcionários da Secretaria de Relações Exteriores do México.

O Conversatório Ibero-americano “A contribuição da Comunidade Ibero-americana para a saída da crise”, celebrado no dia 19 de fevereiro na cidade do México, teve como orador principal o Secretário Geral Ibero-americano, Enrique V. Iglesias.

Estiveram presentes membros do corpo diplomático, personalidades do âmbito empresarial e acadêmico, assim como funcionários da Secretaria de Relações Exteriores do México.

Iglesias referiu-se à transformação das sociedades da América Latina e Caribe, da Ásia e da África, continente que começou a despertar. Comentou que as sociedades atuais em cada região e sobretudo na região latino-americana, são formadas por uma classe média que quer maior segurança e maior bem-estar.

A este respeito, referiu que nos países emergentes, entre eles os da América Latina, concentram-se dois terços do PIB mundial.

Comentou que a fim de fortalecer este crescimento, a América Latina e o Caribe precisa de fomentar a cooperação, sobretudo para a integração e perante as condições atuais de um mundo multilateral que tornam necessário acrescentar valores orientais, porque é na Ásia que se está a gerir a maior parte do avanço atual.

Referiu ainda que atualmente existe uma oportunidade para a região, uma vez que o panorama é administrável por três razões: pela mudança dos termos do intercâmbio comercial no mundo; porque região não se endividou e porque a América Latina e o Caribe sabem gerir a sua política econômica, fiscal, monetária e cambiária, e, por fim, porque a banca é mais ortodoxa.

A estabilidade regional requer também que as condições internacionais não mudem, quer dizer, que a China não entre em crise, que não haja protecionismo, e que a liquidez nos países ricos não afete a região. Enunciou ainda cinco fatores que a América Latina e o Caribe requerem para manter a sua estabilidade:

  1. Estão criadas as condições para realizar uma profunda reforma educativa de qualidade.
  2. É necessária uma revolução produtiva. Esta requer uma industrialização com uma forte componente tecnológica para criar empregos de qualidade.
  3. A Reforma do Estado, que tem de se adaptar às novas realidades e necessidades da sociedade com um Estado gerador de recursos.
  4. Estimular a coesão social e gerar políticas sociais fomentadoras de equidade.
  5. Entrar com decisão política no fortalecimento da integração regional. Apenas 19% do comércio total se realiza na região.

Enrique V. Iglesias referiu que atualmente existe um redimensionamento na América Latina e Caribe, onde a conduta migratória se transformou. “Hoje existe um fluxo migratório da Europa para a América Latina e Caribe, tanto de recursos humanos como empresariais que querem incorporar-se e integrar-se no desenvolvimento regional”, afirmou.

Como é habitual, o Conversatório foi patrocinado por FEMSA, razão pela qual o Secretário Geral Ibero-americano entregou um reconhecimento a Genaro Borrego Estrada, Diretor de Assuntos Corporativos do FEMSA, por ter incluído na política de responsabilidade social os Conversatórios Ibero-americanos.

Veja todos os assuntos