O X Encontro Empresarial Ibero-americano foi encerrado no domingo, 7 de dezembro, em Veracruz, numa cerimônia presidida por Sua Majestade o Rei de Espanha, Felipe VI; pelo Presidente do México, Enrique Peña Nieto e pela Secretária Geral Ibero-americana, Rebeca Grynspan.
Estiveram acompanhados pelo Presidente do COMCE, Valentin Diez Morodo; Ana Patricia Botín, Presidente do Banco Grupo Santander, e pelo Governador de Veracruz, Javier Duarte de Ochoa.
Na sua intervenção, Rebeca Grynspan afirmou que “necessitamos de uma segunda geração de políticas públicas se queremos repetir o crescimento com equidade que experimentámos nas duas décadas passadas”.
Apesar de se ter avançado muito, comentou, os esforços são ainda insuficientes para conseguir o crescimento que a América Latina requer. Não obstante, sublinhou, acima de tudo, deve-se apostar na educação, que é a chave para concretizar o desenvolvimento dos países ibero-americanos.
“Pela formação e pelos nossos recursos humanos. Como países de rendimento médio, não temos outra alternativa do que entrar de forma decidida e com passo firme na sociedade de conhecimento”, sublinhou.
Além disso, a iniciativa privada deve coadjuvar porque é daí que surgirão os empregos de qualidade que exige uma sociedade mais exigente, afirmou.
Acrescentou que no novo enquadramento internacional onde se esgotou o hiperciclo nos preços das matérias primas e dos alimentos, necessitamos de produtividade em todos os setores produtivos “e de uma explosão de inovação”, disse.
Afirmou ainda que o que se deve fazer para conseguir isto é investir mais e melhor em ciência e tecnologia além de construir a estrutura e logística necessária para competir neste mundo globalizado.
A estratégia é, indicou, reforçar as pequenas e médias empresas “enganchar as pequenas e médias empresas no desenvolvimento dos encadeamentos produtivos”.
Por outro lado, o Rei Felipe VI disse que a incerteza que em matéria laboral e econômica a América Latina agora atravessa deve ser superada “com coragem e boas decisões”, pois ao conseguir isso, estes países serão motor da recuperação econômica mundial.
Afirmou que enquanto a Europa só agora começa a recuperar-se da recessão econômica que nos afetou desde 2009, a América Latina tem crescido de forma importante.
É por isso que, perante a comunidade empresarial da América Latina, se devem reforçar os laços de cooperação entre a comunidade europeia e a América Latina.
Os acordos que a União Europeia e a América Latina negociaram nos últimos anos serão instrumentos especialmente úteis para aumentar os intercâmbios comerciais e fomentar o investimento sustentado e sustentável em ambas as direções.
Devem-se potenciar as pequenas e médias empresas e investir na sua expansão e consolidação como focos geradores de empregos bem remunerados.
Por fim, sublinhou que existe confiança de que nos próximos anos “possamos ver as multilatinas expandirem-se para além das suas bases em direção à Europa, Ásia e África”.
Antes da celebração da XXIV Cúpula Ibero-americana (8 e 9 de dezembro), o X Encontro Empresarial Ibero-americano reuniu nos dias 6 e 7 de dezembro importantes líderes empresariais, organismos e autoridades dos países que formam a região.
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