É apresentado o quinto relatório Global LATAM 2022 da ICEX

O Relatório da Global LATAM 2022 aborda a internacionalização das empresas da região para o mundo e destaca a visão bidirecional dos fluxos de investimento.

O estudo destaca que os investimentos da América Latina conseguiram alcançar os 73.449 milhões de dólares fazendo que o ano de 2022 fosse um ano recorde e obtendo a maior cifra de emissão estrangeira direta (IED). O crescimento foi impulsionado, principalmente, pelo Brasil e pelo México.

O documento, apresentado hoje em Madri, assinala também o retrocesso da América Latina em matéria de investimento estrangeiro (IED), com 7% nos últimos dez anos. Relatório da Global LATAM 2022 alerta que é necessário redobrar os esforços e conseguir que os mercados regionais sejam mais atraentes para os capitais internacionais e que voltem a investir na região.

A importância do documento para Andrés Allamand, Secretário-Geral Ibero-americano, presente na inauguração do relatório, radica em sua contribuição para detectar novas oportunidades de investimento cujos benefícios se estendam por toda a América Latina. Por sua parte, a diretora executiva da ‎ICEX-Invest in Spain, Elisa García Grande, destacou que “este relatório é único, na medida em que analisa una realidade que passa despercebida quando se analisa a economia latino-americana e a saúde de seu tecido empresarial” e que, além disso, “é um fenômeno pouco conhecido nas relações Espanha–América Latina”.

Esta quinta edição sublinha que a integração regional através dos fluxos de investimento direto está muito mais avançada que a do comércio intrarregional. Em 2018-2021, a IED intrarregional representou 65,5% do total da IED emitida pela região, com clara tendência à alta com respeito a anos anteriores. Trata-se de um nível significativamente superior ao do comércio intrarregional, que se situou por baixo de 15% no mesmo período.

Durante os últimos anos, ficou patente que a América Latina conta com um importante papel no processo de transição verde e de descarbonização da economia. Os bonos verdes estão resultando de grande relevância para aproveitar esta oportunidade. Desde 2015 até o final de 2022, os bonos verdes emitidos na América Latina ascenderam a 41.228 milhões de dólares, com um total de 291 bonos de 186 emissores diferentes. O Chile e o Brasil foram os países com maiores volumes de emissão, enquanto por tipo de emissor, destacam as empresas não financeiras, seguidas dos emissores soberanos.

O relatório “Global LATAM 2002”, apresentado hoje em Madri, está elaborado pela ICEX-Invest in Spain com a colaboração da Secretaria-Geral Ibero-americana (SEGIB).

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