Organizadas pela Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID), em colaboração com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), as sessões de trabalho, que se desenvolveram nos dias 20 e 21 de março na Universidade de Salamanca (USAL), enquadraram-se no desejo de definir a agenda do desenvolvimento pós 2015 e assim contribuir para o debate geral.
Na jornada inaugural participaram a nova secretária geral ibero-americana, Rebeca Grynspan; o secretário geral de Cooperação para o Desenvolvimento de Espanha, Gonzalo Robles; a diretora geral de Relações Institucionais e Ação Exterior da Junta de Castela e Leão, María de Diego; Macharia Kamau, membro do Co chair Open Working Group; o vice reitor de Economia da Universidade de Salamanca, Ricardo López; e a ex-ministra de Saúde do Governo de Espanha, Leire Pajín, entre outros representantes.
A nova responsável da SEGIB destacou a importância de saber “o que vamos fazer com a agenda do desenvolvimento após 2015 e como vamos substituir os objetivos do milênio com uma agenda que possa chegar a toda a gente”.
Consciente da necessidade de eliminar “a pobreza extrema” Grynspan defendeu “ter um mundo que viva em maior harmonia com a natureza e que tome conta do planeta”.
A até agora secretária geral adjunta das Nações Unidas e administradora associada do PNUD e nova secretária geral ibero-americana, a costarriquenha Rebeca Grynspan, anunciou na quinta-feira, 20 de março, “um grande trabalho” para a SEGIB, da qual no dia 1 de abril tomará posse “se tivermos a vontade dos governos e das pessoas com quem temos de fazer o trabalho”.
Insistiu em que acredita no “espaço ibero-americano” e mostrou-se convencida de poder “fazer um grande trabalho se tivermos a vontade não só dos governos como também das pessoas com as quais temos de fazer o trabalho”.
Passados quase nove anos desde o início da Secretaria Ibero-americana, Grynspan referiu que se construiu “muitíssimo” no “campo cultural” de uma forma “muito especial”, apesar de também nos âmbitos social e econômico.
“Temos relações empresariais na Ibero-América e muito boas bases para continuar”, acrescentou.
Por outro lado, o secretário geral de Cooperação Internacional de Espanha, Gonzalo Robles, disse que o realizado em matéria de desenvolvimento desde o ano 2000 “foi bem feito porque quase todos os indicadores melhoraram”.
Assim, referiu que “se reduziu para metade a pobreza no mundo, conseguiram-se diminuir problemas de má nutrição e alargaram-se os tratamentos de HIV. O balanço é bom, mas não plenamente satisfatório e para isso é necessário continuar a trabalhar”.
Robles defendeu a cooperação internacional, porque se não se ajudar o desenvolvimento dos países mais empobrecidos estes “irão bater à porta dos países ricos e Espanha é a fronteira sul da União Europeia”.
A secretária geral ibero-americana, após inauguradas as jornadas, visitou a sede do Ajuntamento de Salamanca, onde o alcaide, Alfonso Fernández Mañueco lhe fez a entrega do título honorífico de Hóspede distinguido da cidade.
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