Participantes do VIII Encontro Cívico Ibero-americano pedem um maior protagonismo da sociedade civil

Representantes de organizações de cidadãos dos países da Ibero-América defendem no VIII Encontro Cívico Ibero-americano, que se realiza na SEGIB nos dias 6 e 7 de novembro, um maior protagonismo da sociedade civil na tomada de decisões. O VIII Encontro Cívico Ibero-americano, inaugurado pelo Secretário Geral de Cooperação Internacional espanhol, Gonzalo Robles, e pelo Secretário…

Representantes de organizações de cidadãos dos países da Ibero-América defendem no VIII Encontro Cívico Ibero-americano, que se realiza na SEGIB nos dias 6 e 7 de novembro, um maior protagonismo da sociedade civil na tomada de decisões.

O VIII Encontro Cívico Ibero-americano, inaugurado pelo Secretário Geral de Cooperação Internacional espanhol, Gonzalo Robles, e pelo Secretário Geral Ibero-americano, Enrique V. Iglesias, faz parte das reuniões prévias à XXII Cimeira Ibero-americana que reunirá nos dias 16 e 17 de novembro em Cádiz os chefes de Estado e de Governo da Ibero-América.

Durante dois dias, representantes de organizações de cidadãos e políticos debaterão o papel da sociedade civil na tomada de decisões.

“A sociedade civil estruturada, que se desenvolveu especialmente nos últimos anos, é um termômetro” para comprovar o estado dum país, destacou o Secretário Geral Ibero-americano, Enrique V. Iglesias, na inauguração do encontro.

Por esta razão, Iglesias incentivou os participantes a conseguir definir “novas relações de cooperação” em algumas circunstâncias, tanto econômicas como globais, “especiais”.

Nesse sentido, o Secretário Geral de Cooperação Internacional espanhol, Gonzalo Robles, reconheceu que Espanha se encontra num “mau momento econômico” que “dificulta” os fluxos de cooperação.

No entanto, apostou na “exportação de novas formas” de financiamento, como a ajuda europeia.

Robles assinalou também a sociedade civil como “ator privilegiado”, pelo que pediu aos presentes um “diálogo construtivo”, que ajude a que os beneficiários da cooperação sejam as pessoas à margem dos “dados macroeconômicos”.

Entre os oradores das jornadas sobressai o objetivo comum do fortalecimento das associações de cidadãos e as ONG por parte das instituições estatais como motores para o desenvolvimento.

“Devem-se melhorar as relações existentes entre os países internamente com as ONG para que se possa passar para outro nível, o externo”, afirmou Georgina Handel, da Fundação Nacional para o Desenvolvimento de El Salvador.

Handel acredita que na América Latina deu-se “um primeiro passo” no reconhecimento destas organizações mas não se lhes está a dar um papel a partir das instituições.

Nessa direção apontou Óscar Calizaya, de Unitas Bolívia, que apostou no “reforço” e na criação de “alianças estratégicas” entre as ONG para que os governo facilitem o seu trabalho.

Alguns governos aos quais Olimpia Díaz, do Centro de Estudos e Ação Social Panamenha, exigiu “liberdade” para o desempenho do trabalho das organizações não governamentais e que “aumentem” a participação da sociedade civil.

Pelo seu lado, Álvaro Ramos, de Ação Chile, convidou a uma reflexão sobre a relação bilateral entre a América Latina e a Península Ibérica.

“Apesar da crise da cooperação não deve ficar no esquecimento nem também os direitos, tanto dos europeus como dos beneficiários dos projetos”, sublinhou.

As jornadas finalizar com a apresentação do documento que contém a Declaração Final e os desafios para a ação da sociedade civil: Agenda 2012-2014.

Declaração final (ESP)

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