Para onde vamos? Falta de adesão política e governabilidade, um desafio político

No passado dia 3 de junho realizou-se o Colóquio Internacional Para onde vamos? Falta de adesão política e governabilidade, um desafio político, organizado pelo Banco de Desenvolvimento da…

No passado dia 3 de junho realizou-se o Colóquio Internacional Para onde vamos? Falta de adesão política e governabilidade, um desafio político, organizado pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e a Universidade de Alcalá de Henares.

O colóquio foi inaugurado por Irene Garrido Valenzuela, Presidente do Instituto de Crédito Oficial, Fernando Galván Reula, Reitor da Universidade de Alcalá, Enrique García Rodríguez, Presidente do Banco de Desenvolvimento da América Latina e a Secretária Geral Ibero-americana, Rebeca Grynspan.

Durante o colóquio a reflexão girou em torno da queda da confiança nas instituições e nos partidos políticos tradicionais que se está a manifestar em muitos países através de crises de representação. Uma parte importante do eleitorado está a optar pela abstenção ou pelo voto em novos partidos emergentes.

A Secretária Geral Ibero-americana, Rebeca Grynspan, manifestou que apesar do período de bonança que a América Latina teve, aconteceram avanços sem precedentes em diversos indicadores sociais, o passar à crise e as perspectivas econômicas menos favoráveis recordam-nos que ainda padecemos de graves problemas de exclusão, discriminação e vulnerabilidades que catapultaram a desconfiança relativamente às instituições e motivado uma crescente crise de representação.

Devido a isto, a persistência destes fatores (exclusão, discriminação e vulnerabilidade) tornou claro um distanciamento entre a cidadania e as instituições encarregadas de representa-la, entre elas os partidos políticos, pelo que temos a tarefa não só de fortalecer as instituições, mas também de velar pela inclusão social e a segurança cidadã e defender a liberdade e a democracia representativa e participativa.

Assim, e para concluir, instou a que não nos esqueçamos que um indicador chave da coesão social é a confiança, sendo essencial para o funcionamento democrático pois sobre ela se funda a representação política como relação social e de poder.

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