Panamá estabelece o “Canto da Fama” em honra à comunidade afro-descendente

A primeira edição do “Canto da Fama”, que se realiza em honra da comunidade afro-descendente panamenha, teve lugar na quinta-feira, 27 de setembro. O objetivo deste evento é reconhecer a contribuição social, cultural, religiosa, política e econômica dos afro-descendentes na construção e no desenvolvimento do Panamá, sendo o mais valioso exemplo no qual as…

A primeira edição do “Canto da Fama”, que se realiza em honra da comunidade afro-descendente panamenha, teve lugar na quinta-feira, 27 de setembro. O objetivo deste evento é reconhecer a contribuição social, cultural, religiosa, política e econômica dos afro-descendentes na construção e no desenvolvimento do Panamá, sendo o mais valioso exemplo no qual as novas gerações podem inspirar-se para construir o seu futuro.

A cerimônia foi promovida pela Secretaria Executiva da Etnia Negra da República do Panamá, pelo Escritório de Representação para a América Central e Haiti da Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB), pela Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação e Cultura (OEI), através do Instituto para o Desenvolvimento e a Inovação Educativa (IDIE), e da Universidade de Arte Ganexa.

A apresentação esteve a cargo do Ministro da Presidência, Roberto Henríquez, que destacou o trabalho dos organismos que promoveram no Panamá o projeto “Corredor Cultural Centro-americano – capítulo Panamá”, conduzido pela OEI e pela SEGIB, e do qual este evento faz parte. Também indicou que trabalharão com a comunidade afro-descendente para o desenvolvimento de políticas públicas que melhorem as condições de vida das populações afro-descendentes panamenhas. A Secretaria da Etnia Negra funciona sob a direção do Ministério da Presidência do Panamá, e apoiou as diversas ações que se desenvolveram no projeto “Corredor Cultural Centro-americano – capítulo Panamá”, que na sua primeira edição foi dedicado aos afro-descendentes.

A Diretora do Escritório de Representação para a América Central e Haiti da SEGIB, Doris Osterlof, sublinhou o espírito que as ações promovidas a nível ibero-americano perseguiram, procurando revitalizar as culturas vivas, as diferentes expressões sociais, o fomento da cultura da paz, o entendimento mútuo e a co-existência pacífica; e que, precisamente, este evento excelso evento tem cabimento no mesmo e contribui para a construção da identidade ibero-americana.

O evento foi também presidido pelo Secretário da Etnia Negra do Panamá, Ricardo Weeks; o Reitor da Universidade de Arte Ganexa, Ricaurte Martínez; a Diretora de SERTV, Marisin Luzcando, e a Diretora da OEI Panamá, Melisa Wong Sagel, que salientou a importância que tem este evento e o projeto do “Corredor Cultural Centro-americano” para o fortalecimento da cultura e da educação, assim como as grandes contribuições que deram ao Panamá os galardoados.

Nesta primeira edição, entre os laureados, encontra-se o Magistrado do Supremo Tribunal, Harley Mitchell; o atleta Irving Saladino, vencedor da medalha de ouro nos jogos olímpicos de Beijing; o atual treinador da seleção nacional, Julio Dely Valdes, considerado o melhor desportista do século XX, assim como o seu irmão, o destacado futebolista internacional Jorge Dely Valdes; o notável sociólogo e acadêmico Gerardo Maloney; e a rainha Conga Marcia Rodríguez, símbolo da contribuição cultural musical afro-descendente.

Foram também reconhecidos pelas suas trajetórias e contribuições para a cultura afro-descendente e como exemplo a seguir pela juventude panamenha, as destacadas líderes Cecilia Moreno, Kayra Harding, Eunise Meneses, Ellen Paterson e Sonia Brown, assim como o dirigente Juan Fagette, conjuntamente com o bispo episcopal Julio Murray, o sacerdote Reinaldo Jesús Caramañiti, os advogados Harley Mitchell e Alberto Barrow, e os educadores Arminda Rodríguez e Noris Boris Gondola. Sem dúvida, um grupo de 18 afro-descendentes que deixaram marca na rota do progresso da República de Panamá.

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