A Secretaria-Geral Ibero-América (SEGIB), em colaboração com o Ministério dos Assuntos Exteriores da Costa Rica, apresentou no dia 25 de abril o Relatório Ibero-Americano da Cooperação Sul-Sul do ano 2011.
À referida atividade assistiram o Vice-ministro de assuntos exteriores, Carlos Roverssi; o Secretário Para a Cooperação Ibero-Americana da Secretaria-Geral Ibero-Americana (SEGIB), Salvador Arriola; a Diretora Regional da SEGIB, Doris Osterlof, e a Diretora de Cooperação Internacional do Ministério de Assuntos Exteriores, Irina Elizondo.
De acordo com o Vice-ministro de assuntos exteriores Roverssi, “este valioso relatório tem particular importância num contexto em que os países catalogados como de rendimento médio procuram novos mecanismos que lhes permitam potenciar as suas capacidades, e ao mesmo tempo fortalecer a integração regional”.
Assinalou, também, que os cinco relatório apresentados pela SEGIB desde 2007 “denotam uma tarefa conjunta dos países ibero-americanos para fomentar a cooperação sul-sul nas suas diferentes modalidades, e assinalam o caminho para que os atores nacionais participem ativamente com outros países para a solução dos problemas de desenvolvimento de que sofrem” e também agradeceu o esforço do ministério de assuntos exteriores e da SEGIB por contribuírem com “um tão valioso instrumento”.
“Existem desafios que não podemos enfrentar sozinhos e já não podemos estender a mão para os solucionar. Penso na luta contra o crime organizado e o narcotráfico, em que sob a liderança da nossa Presidente Laura Chinchilla e do Presidente da Guatemala, Otto Pérez, conseguimos colocar o tema na agenda internacional; ou o da luta contra as alterações climáticas, entre outros desafios”, acrescentou.
Pelo seu lado, Salvador Arriola assinalou que no ano 2011 se executaram 529 projetos de cooperação cujos maiores países ofertantes foram o Brasil, Cuba, México e Argentina e os países mais beneficiados foram El Salvador, Nicarágua, Bolívia e Colômbia.
No caso da Costa Rica, o país recebeu 29 projetos (catorze do México, onze do Brasil, 3 de Cuba e 1 do Chile), 9 ações de cooperação (7 da Colômbia, 1 do Peru e 1 de Cuba) e participou como ofertante de cooperação em 3 projetos no México.
Relativamente À Cooperação Triangular Sul-Sul realizaram-se 42 projetos e 41 ações sendo o Chile, México e Brasil os primeiros ofertantes, os segundos ofertantes a Alemanha, Japão e Estados Unidos (PMA Programa Mundial de Alimentos ) e países como o Paraguai, El Salvador e Equador os principais receptores.
Arriola destacou também na sua exposição que a participação da Ibero-América na Ajuda Oficial ao Desenvolvimento (AOD) mundial (2000-2010) diminuiu, como reflete o dado de que para o ano 2001 foi cerca de 9,0% e em 2009 cerca de 4,5%.
Relatório da Cooperação Sul-Sul na Ibero-América
O Relatório da Cooperação Sul-Sul na Ibero-América oferece, com periodicidade anual, uma panorâmica da Cooperação Sul-Sul em que participam os países ibero-americanos.
A referida panorâmica centra-se na cooperação técnica e nas suas modalidades Horizontal Bilateral (entre dois países em desenvolvimento), Horizontal Regional (dois ou mais países em desenvolvimento no quadro de um esquema de integração regional) e Triangular (entre dois ou mais países em desenvolvimento apoiados financeiramente por ofertantes do norte, um organismo internacional e inclusivamente por outro parceiro em desenvolvimento) e só de forma marginal, na Ajuda Oficial ao Desenvolvimento (AOD), que a América Latina recebe.
A SEGIB editou cinco Relatórios: o Relatório da Cooperação na Ibero-América em 2007, o II Relatório da Cooperação Sul-Sul na Ibero-América em 2008, e os Relatórios da Cooperação Sul-Sul na Ibero-América 2009, 2010 e 2111.
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