O escritor cubano Leonardo Padura ganha o prêmio Princesa das Astúrias das Letras 2015

Leonardo Padura, o retratista da Cuba contemporânea, deu à literatura da ilha caribenha o seu primeiro Prêmio Princesa das Astúrias das Letras, reconhecido pelo júri pela “soberba aventura do

Leonardo Padura, o retratista da Cuba contemporânea, deu à literatura da ilha caribenha o seu primeiro Prêmio Princesa das Astúrias das Letras, reconhecido pelo júri pela “soberba aventura do diálogo e a liberdade que constitui a sua obra”.

Padura (La Habana, 1955), considerado como o escritor cubano de maior projeção internacional impôs-se nas votações finais do júri ao romancista japonês Haruki Murakami e ao poeta sírio Adonis entre as vinte e sete candidaturas que se candidataram ao galardão.

De acordo com a ata do júri, Padura, arraigado na sua tradição e decididamente contemporâneo, é “um indagador do culto e do popular; um intelectual independente, de firme temperamento ético”.

A obra do narrador, jornalista e ensaísta premiado alimenta-se da ilha onde nasceu poucos anos antes da revolução e, apesar de falar de aventuras, assassinatos ou quadros roubados, tudo converge no país que nunca abandonou, como tantos exilados, e para o qual sempre teve um olhar crítico.

Padura tornou-se assim no segundo cubano galardoado a título individual com os seus 36 anos de história pela Fundação Princesa, que em 1993 outorgou o dos Desportos ao atleta Javier Sotomayor enquanto que no ano 2000 a Academia Cubana das Línguas obteve, juntamente com o resto de academias hispânicas, o da Concórdia.

O galardão, dotado com a reprodução de uma escultura desenhada por Joan Miró e 50.000 euros em dinheiro (um pouco mais de 56.000 dólares), foi atribuído no ano passado ao escritor irlandês John Banville, e em edições anteriores ao espanhol Antonio Muñoz Molina (2013), ao novelista americano Philip Roth (2012) e ao poeta e cantor canadiano Leonard Cohen (2011).

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