O Equador celebra Jornadas de Cooperação Ibero-Americana

Com uma breve análise das alterações e desafios que implica o novo cenário da cooperação e salientando o momento positivo que a América Latina vive no seu desenvolvimento, começou no dia 14 de março as Jornadas de Cooperação Ibero-Americana organizadas pela Secretaria Técnica da Cooperação…

Com uma breve análise das alterações e desafios que implica o novo cenário da cooperação e salientando o momento positivo que a América Latina vive no seu desenvolvimento, começou no dia 14 de março as Jornadas de Cooperação Ibero-Americana organizadas pela Secretaria Técnica da Cooperação Internacional (SETECI) e a Secretaria-Geral Ibero-Americana (SEGIB) em Quito, Equador.

O evento foi inaugurado com a intervenção do Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias; do Ministro de Relações Exteriores (e), Kinto Lucas, e do embaixador de Espanha no Equador, Federico Torres, que planearam olhar a cooperação como um complemento dos objetivos das populações.

Na inauguração salientou-se a necessidade de fortalecer a cooperação em setores como educação, pequenas e médias empresas, cultura, infra-estrutura, alianças público-privadas e recursos humanos, esta última como uma das potencialidades que a América Latina possui.

Estes eixos farão parte dos temas prioritários na Cúpula de Chefes de Estado Ibero-Americanos a celebrar-se em Cádiz, em novembro deste ano.

Pelo seu lado, a Secretaria Técnica de Cooperação Internacional, Gabriela Rosero, afirmou que o objetivo da Jornada realizada em Quito é dar a conhecer e avaliar os programas ibero-americanos que se desenvolvem no Equador para potenciar a sua implementação.

Durante o primeiro dia de trabalho, após uma introdução do estado atual da cooperação ibero-americana e o trabalho realizado pela SEGIB, os delegados das unidades técnicas dos programas ibero-americanos relacionados com economia e municipalismo, educação, acesso à justiça e televisão, cultura e migrações, educação expuseram o trabalho realizado, como aceder à informação sobre o trabalho e as ferramentas geradas.

A este encontro da cooperação assistiram mais de cem pessoas, entre representantes das unidades técnicas dos programas ibero-americanos, embaixadores dos países ibero-americanos e delegados dos ministérios e secretarias do Equador e dos grêmios dos governos locais, para aceder à informação de mais de 11 programas ibero-americanos que se executam no Equador e que se apresentaram durante a reunião.

Atualmente a cooperação ibero-americana conta com 23 programas, uma iniciativa ibero-americana e 6 projetos adstritos. Entre as áreas em que a SEGIB também amplia o seu trabalho salientam-se: arquivos públicos e privados (em temas de indígenas, afro, direitos das mulheres); cultura: orquestras juvenis como mecanismo de integração social juvenil; rede de direitos humanos, redução da mortalidade infantil, bancos de leite; apoio em segurança social para idosos; formação de recursos hídricos para a gestão de bacias e saneamento; fortalecimento das políticas públicas; gestão territorial e desenvolvimento rural.

Na Jornada de Cooperação Ibero-Americana apresentou-se também o Relatório de Cooperação Sul-Sul (CSS), a cargo da SEGIB, em coordenação com o Programa Ibero-Americano para o Fortalecimento da CSS.

Pelo seu lado, o delegado da Secretaria-Geral Ibero-Americana, José María Vera, o Coordenador do Escritório Técnico de Cooperação da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID) no Equador, José Luis Pimentel, e o catedrático argentino Javier Surasky planearam a Cooperação Sul-Sul como um dos instrumentos de cooperação que sairá mais favorecido em tempos de crises e cortes que se vive à escala mundial.

Neste contexto, a Secretária Técnica de Cooperação Internacional, Gabriela Rosero, salientou que a relevância da Cooperação Sul-Sul não se deve apenas ao montante de dinheiro que canaliza, mas que implica também horizontalidade e trabalho entre parceiros, focado no intercâmbio mútuo de experiências e conhecimentos numa lógica de reciprocidade. A “América Latina e o Caribe, no seu processo para fortalecer a integração regional, promoveram a Cooperação Sul-Sul como uma das estratégias para avançar no desenvolvimento harmonioso e equilibrado da região. A Cooperação Sul-Sul aposta em estabelecer mecanismos de intercâmbio compensados e solidários entre países com níveis de desenvolvimento semelhar, problemas análogos e visões mais próximas do mundo; pode trazer respostas inovadoras às dificuldades que enfrentam os países da região contribuindo para a redução das assimetrias na América Latina”, manifestou durante a sua intervenção.

José María Vera, Diretor de Planificação da Secretaria para a Cooperação da SEGIB, manifestou que a CSS representa maior eficiência na utilização dos recursos, devido à proximidade e à horizontalidade da sua proposta de país a país com realidades mais próximas.

 

 

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