O Anuário Ibero-América-Ásia Pacífico 2012 é apresentado na SEGIB

O Anuário Ibero-América-Ásia Pacífico 2012, elaborado pelo Observatório Ibero-americano da Ásia-Pacífico, foi apresentado na terça-feira, 12 de novembro, na sede da Secretaria Geral Ibero-americana, SEGIB. O Secretário Geral Ibero-americano, Enrique V. Iglesias e o Diretor da Casa Ásia, Ramón María Moreno, foram os encarregados de dar a conhecer este documento no qual se destaca o papel de Espanha como ponte entre a Ásia e a América Latina.

O Anuário Ibero-América-Ásia Pacífico 2012, elaborado pelo Observatório Ibero-americano da Ásia-Pacífico, foi apresentado na terça-feira, 12 de novembro, na sede da Secretaria Geral Ibero-americana, SEGIB. O Secretário Geral Ibero-americano, Enrique V. Iglesias e o Diretor da Casa Ásia, Ramón María Moreno, foram os encarregados de dar a conhecer este documento no qual se destaca o papel de Espanha como ponte entre a Ásia e a América Latina.

As relações entre a Ásia e a Ibero-América aumentaram em 2012, tanto em investimento e comércio, como no âmbito institucional, apesar do abrandamento da economia chinesa, segundo as conclusões deste anuário.

O seu autor, Jorge Fuentealba, resumiu os principais ponto do estudo e salientou a importância das relações sul-sul, uma vez que, segundo recordou, “pela primeira vez, em 2012, as economias em desenvolvimento receberam mais investimentos do que as avançadas.

Apesar do contexto global adverso e do menor crescimento da economia chinesa, o comércio entre as duas regiões foi 8% maior em 2012 do que no ano anterior. Também aumentou a presença de empresas asiáticas na América Latina, em setores como o energético (a segunda maior aquisição transfonteiriça na América Latina foi a compra de 30% de Petrogal Brasil pela chinesa Sinopec por 4.800 milhões de dólares) ou infraestruturas (por exemplo, a concessão a uma empresa chinesa para o Grande Canal da Nicarágua).

Fuentealba também destacou as mudanças no perfil das relações com o gigante asiático, uma vez que o aumento dos custos laborais na China (em 2012 foram pela primeira vez superiores aos do México) fez que, entre outros aspetos, o investimento espanhol tenha deixado de interessar-se pelo mercado laboral chinês para passar a interessar-se pelo de consumo.

Relativamente ao papel de Espanha, Fuentealba afirmou que a grande presença de empresas espanholas na América Latina pode ser um catalizador para as relações entre a Ásia e a América Latina, e deu o exemplo da associação neste último continente entre a produtora chinesa de telefones Huawei e Telefónica. 

O autor do Anuário recordou que o interesse de Espanha em ser um vértice triangulador na relação Latino-América-Ásia Pacífico manifestou-se no ano passado na incorporação do país europeu na Aliança do Pacífico como observador.

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