Novos olhares sobre as revoluções da independência

A SEGIB, como ponto de encontro da Comunidade Ibero-Americana, tem vindo a acompanhar ao longo de 2010 – como também fará em 2011 – o bicentenário das independências dos países latino-americanos, colocando ênfase no caminho percorrido nestes duzentos anos, até desembocar nas consolidadas democracias atuais.
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A SEGIB, como ponto de encontro da Comunidade Ibero-Americana, tem vindo a acompanhar ao longo de 2010 – como também fará em 2011 – o bicentenário das independências dos países latino-americanos, colocando ênfase no caminho percorrido nestes duzentos anos, até desembocar nas consolidadas democracias atuais.

Na terça-feira, 14 de dezembro, organizado pela embaixada da Colômbia em Espanha e com a presidência do Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias, e do novo embaixador Orlando Sardi de Lima, celebrou-se um evento com o título NOVOS OLHARES SOBRE AS REVOLUÇÕES DE INDEPENDÊNCIA em que intervieram os historiadores Mª Teresa Calderón, Manuel Lucena e Gustavo Bell.

“As nossas nações criaram-se com base no direito internacional da época, com a liderança global de Bolívar e a legitimidade orientada por Santander”, recordou no início da sua palestra a historiadora colombiana Mª Teresa Calderón, que concluiu referindo que a Colômbia foi a primeira democracia latino-americana e a forma como a identidade colombiana de hoje está centrada em torno do constitucionalismo que já protagonizou os primeiros episódios da revolução há duzentos anos”.

O historiador do CSIC, o também colombiano Manuel Lucena, chamou a atenção sobre a deslocação dos estereótipos culturais e a importância de recordar que não devemos sentir-nos condenados por alguns desses estereótipos, como o fracasso coletivo, o exagero do mal e a vitimização. É preciso revoltarmo-nos contra estes estereótipos e trazer uma visão mais complexa, revista, tanto sobre o passado como sobre o futuro da nossa história compartilhada. Já está na hora de proclamar no presente, aproveitando o bicentenário, o final da “anomalia latino-americana”, concluiu.

Pelo seu lado, o historiador colombiano Gustavo Bell referiu como,neste momento, a região Caribe colombiana, com Cartagena das Índias à cabeça, está a inspirar-se na Constituição espanhola e o seu reconhecimento das autonomias regionais para trabalhar em prol de um governo com mais autonomia.

 

 

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