Mais de 10 cidades da Ibero-América se iluminam para exigir a eliminação da violência contra as mulheres

Mais de 10 cidades da Ibero-América iluminarão vários de seus edifícios emblemáticos com a cor laranja ou roxo na noite de sábado para domingo para exigir o fim da violência de gênero, que continua sendo uma das violações de direitos humanos mais estendidas na região.

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Mais de 10 cidades da Ibero-América iluminarão vários de seus edifícios emblemáticos com a cor laranja ou roxo na noite de sábado para domingo para exigir o fim da violência de gênero, que continua sendo uma das violações de direitos humanos mais estendidas na região.

Trata-se de uma ação coordenada entre a Secretaria-Geral Ibero-Americana (SEGIB) e a União das Cidades Capitais Ibero-americanas (UCCI), como parte dos esforços globais para erradicar a violência contra as mulheres e meninas em todo o mundo.

As cidades de Assunção, Barcelona, ​​Brasilia, Buenos Aires, La Paz, Madri, Montevidéu, Panamá, Quito, Rio de Janeiro e Tegucigalpa se uniram à campanha. Este fim de semana, a SEGIB iluminará de laranja a sua sede na capital espanhola.

Catorze dos 25 países do mundo com as maiores taxas de feminicídios estão na América Latina e no Caribe, e estima-se que 1 de cada 3 mulheres maiores de 15 anos já sofreu violência sexual, o que alcança a categoria de epidemia de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Essa questão ganhou especial relevância durante a XXVI Cúpula Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo, realizada em La Antigua, Guatemala, nos dias 15 e 16 de novembro.

Na Declaração final, os 22 países da região se comprometeram a adotar políticas de tolerância zero com a violência contra as mulheres e a eliminar leis que discriminem por gênero.

“No ano passado vimos como os movimentos #EuTambém e #NemUmaaMenos quebraram o silêncio e capturaram a atenção mundial em torno da violência e da discriminação sofridas por milhões de mulheres em todo o mundo. O chamado é urgente, e eliminar a violência contra as mulheres e meninas requer esforços de todos os setores “, afirmou a secretária-geral ibero-americana, Rebeca Grynspan, destacando o compromisso da SEGIB.

Por sua parte, a co-presidenta da UCCI e prefeita de Madri, Manuela Carmena, afirmou: “Nossa política de combate à violência de gênero deve se estender a todas as áreas da vida, da segurança no transporte público para garantir algo tão elementar como a liberdade de movimento, até a distribuição de cuidados e, evidentemente, a igualdade salarial”.

A UCCI lançou, no dia 25 de novembro do ano passado, a campanha Cidades Ibero-Americanas Livres da Violência de Gênero, o que possibilitou, entre outras coisas, a publicação do relatório Avanços para a erradicação da violência de gênero nas cidades ibero-americanas.

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