Inovação como base para a superação dos desafios sociais

O desenho das políticas públicas sobre ciência e tecnologia deve orientar-se para a solução de desafios sociais como a pobreza, ambiente e segurança, concordaram os ministros e especialistas na inauguração do VIII Fórum Ibero-americano de Ciência, Tecnologia e Inovação que teve lugar no dia 27 de novembro na cidade mexicana de Puebla.

O desenho das políticas públicas sobre ciência e tecnologia deve orientar-se para a solução de desafios sociais como a pobreza, ambiente e segurança, concordaram os ministros e especialistas na inauguração do VIII Fórum Ibero-americano de Ciência, Tecnologia e Inovação que teve lugar no dia 27 de novembro na cidade mexicana de Puebla.

Neste encontro começaram os trabalhos preparatórios sobre inovação, um dos três eixos que a XXIV Cúpula Ibero-americana de Chefes de Estado e de Governo abordará, explicou o secretário para a Cooperação Ibero-americana, Salvador Arriola.

A próxima Cúpula, que se realizará nos dias 8 e 9 de dezembro no estado mexicano de Veracruz, abordará três temas comuns para a Ibero-América: educação, inovação e cultura.

Arriola afirmou que a inovação constitui uma base sólida, um acerto e um ponto forte das políticas públicas para o desenvolvimento e superação dos desafios sociais enfrentados pelos países ibero-americanos.

O diretor de Avaliação e Cooperação Internacional do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia no México (Conacyt) , Arturo Borja Tamayo, indicou que só apoiando a investigação e a ciência é que os Governos serão capazes de transformar as sociedades.

“Queremos que as principais decisões de política pública e dos atores econômicos se baseiem na investigação científica. Este seria o caminho adequado para chegar ao bem-estar social”, acrescentou.

Nas primeiras mesas de trabalho, cientistas e autoridades de tecnologia e inovação, concordaram que se deve tratar urgentemente e através de alianças científicas os problemas comuns da Ibero-América.

A pobreza, ambiente, saúde, segurança, desastres naturais, segurança alimentar e educação, devem ser tratadas com políticas públicas com base científica e para isso devem destinar-se recursos que garantam a sua implementação nos próximos 30 anos.

Nesta primeira etapa, os especialistas discutirão temas sobre a promoção da mobilidade de investigadores na região para o intercâmbio de conhecimento e a sua aplicação a favor da resolução de problemas.

Entre as primeiras propostas deste Fórum, destaca a implementação do Portal Ibero-americano de Mobilidade de Investigadores, para replicar os benefícios do projeto europeu EURAXESS.

Trata-se de uma plataforma na Internet que pretende concentrar informação útil sobre os interesses e oportunidades de colaboração científica e tecnológica nos países ibero-americanos, desde projetos, bolsas de trabalho, tramites e serviços básicos em cada país, vistos, direitos e autorizações de estadia.

Também acordaram desenvolver plataformas regionais de cooperação científica e tecnológica em áreas como a energia, biotecnologia, nanotecnologia, saúde, tecnologias de informação e comunicações, mudanças climáticas, ciências naturais e sociais.

Durante estes dias em Puebla e de forma paralela a este VIII Fórum Ibero-americano de Ciência e Inovação, também se realiza o Encontro e Letras “25 anos de literatura”, cujo propósito é contribuir com temas de discussão para a XXIV Cúpula Ibero-americana em Veracruz.

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