A inequidade, a violência e o crime organizado são os grandes desafios para o desenvolvimento da América Latina de acordo com a especialista nesta matéria Josette Altmann, que apresentou o livro “Modelos de desenvolvimento, Alianças Políticas e Integração Latino-americana”, juntamente com a Secretária Geral Ibero-americana, Rebeca Grynspan, na sede da SEGIB em Madrid.
A investigadora, que foi primeira dama da Costa Rica entre 1994 e 1998, insistiu na necessidade de levar “o maior bem estar ao maior número de pessoas” e afirmou que isto será possível “se houver uma integridade profunda, se for possível dar os passos para produzir, crescer e distribuir”.
Além disso, Altmann recordou que a maior barreira para o desenvolvimento na América Latina é a falta de distribuição da riqueza assim como outras “paródias” como haver “mais democracia mas também maior desencanto da parte dos cidadãos” ou “mais crescimento de comércio mas menos integração”.
A costarriquenha explicou ainda que o modelo atual “de transição entre um desenvolvimento endógeno e um aberto que, na sua opinião, tem duas leituras, uma positiva porque oferece a possibilidade de blindar-se às crises e às assimetrias globais, e outra negativa ao excluir a região dos temas que se discutem a nível global.
“O risco de não se integrar é muito elevado, também é importante o acompanhamento aos países, como o trabalho da SEGIB é muito importante, ajudar os países, estar aí dando orientações, apontando opções para melhorar a qualidade de vida e as relações entre os países”, afirmou.
E apesar das dificuldades que a região atravessa, Altmann mostrou-se otimista: “relativamente ao desenvolvimento tal como em relação à integração pode-se ver o copo meio cheio ou meio vazio, eu vejo-o meio cheio, com grandes possibilidades”.
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