O II Encontro Ibero-americano sobre a situação dos Idosos inaugurou-se na quinta-feira, 24 de novembro, na cidade de Montevidéu. O encontro, organizado pela Secretaria-Geral Ibero-Americana, a Organização Ibero-Americana de Segurança Social, o Banco de Previsão Social, e com o apoio do Fundo de População das Nações Unidas e da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento, decorrerá até sexta-feira, 25 de novembro, no Centro de Formação do Banco de Previsão Social (BPS).
Na inauguração participaram Adolfo Jiménez, Secretário-Geral da OISS; Isabel Martínez, Secretaria Geral de Política Social do Ministério de Sanidade, Política Social e Igualdade do Governo de Espanha; Aurora Díaz Rato, Embaixadora de Espanha no Uruguai; Ernesto Murro, Presidente do Banco de Previsão Social do Uruguai, e Beatriz Morán, Diretora da Divisão de Assuntos Sociais da SEGIB.
Nas palavras dos participantes todos consideram que o envelhecimento da população deve ser considerado como um dos eixos fundamentais das políticas públicas. A Diretora da Divisão de Assuntos Sociais assinalou a importância da celebração do Encontro porque significa a continuidade de um trabalho que se tem vindo a realizar há vários anos, acompanhando desde o início a OISS, em cumprimento dos mandatos dos Chefes de Estado e de Governo em relação à situação dos Idosos; porque é um magnífico espaço para apresentar a aprovação na XXI Cúpula Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo, celebrada em Assunção nos dias 28 e 29 de outubro passado, do Programa Ibero-Americano sobre a Situação dos Idosos na Região, em cumprimento do mandato recebido pela SEGIB e a Organização Ibero-Americana de Segurança Social (OISS) da XX Cúpula de Mar del Plata, com o objetivo de conhecer e melhorar a situação deste coletivo nos países da Comunidade Ibero-Americana.
Chamou a atenção para o fato de serem as mulheres o coletivo maioritário entre os idosos e as populações indígenas e afro-descendentes que geralmente sofrem maiores índices de exclusão e de proteção social. A SEGIB deve promover e velar para que nos programas e projetos da cooperação ibero-americana se integre a perspectiva indígena e afro-descendente nas suas ações de cooperação, e se promova o enfoque de gênero como um eixo transversal das nossas ações. Por isso, o Programa deve incorporar desde o seu arranque estas questões.
Por último, assinalou a importância de que as políticas públicas tenha em conta o capital humano das pessoas idosas, que não só devem ser consideradas como sujeitos de atenção, mas também como protagonistas do desenvolvimento social. As políticas devem identificar e apoiar-se na força, no conhecimento e nos recursos que os idosos têm para superar dificuldades próprias, assim como para contribuir com a solução de outros problemas sociais, daí a importância de escutar os protagonistas, os idosos.
O Secretário Geral da OISS insistiu na necessidade de abordar o trabalho com os idosos a partir de uma visão integral, contando com o protagonismo dos idosos. Também deu valor ao trabalho que se tem vindo a realizar no âmbito da Conferência Ibero-Americana sobre este tema. Pelo seu lado, a Secretaria-Geral de Política Social, considerando o processo de envelhecimento das nossas populações como um êxito social, o repto dos Governos é melhorar a vida dos idosos. Assinalou a importância da aprovação do Programa Ibero-Americano sobre a situação dos Idosos na XXI Cúpula celebrada em Assunção, confiando que se juntem mais países nos próximos meses, também colocou à disposição do Programa a bagagem, o conhecimento e a experiência que em Espanha existe sobre o tema, tanto a partir do IMSERSO, como a partir da aproximação a redes ibero-americanas como é o caso de RIICOTEC.
A Embaixadora de Espanha no Uruguai, assinalou o papel central que para o Governo de Espanha ocupa a política pública dedicada aos idosos. Também destacou que na política de Cooperação ao Desenvolvimento as ações em matéria de idosos tem uma grande relevância.
Em último lugar interveio o Presidente do Banco de Previsão Social, tornando claro que no âmbito da América Latina, a criação de sistemas de proteção social começa já a ter importantes resultados. Valorizou muito positivamente a entrada em vigor do Convênio Ibero-Americano de Segurança Social, que marcou um sucesso pelo escasso tempo, seis meses, em que entrou em vigor em sete países. Por último deteve-se na situação do Uruguai, compartilhando os avanços que em matéria legislativa estão a acontecer.
O Seminário continua a celebrar-se até 25 de novembro e contará com a participação de representantes dos Ministérios competentes na matéria assim como das Instituições de Segurança Social e Previsão Social dos países da região ibero-americana.
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