II Cimeira Ibero-americana: criação de novos instrumentos que permitam a cultura de cooperação

A II Cúpula Ibero-americana foi realizada a 23 e 24 de julho de 1992. A cidade de Madri (Espanha) recebeu os Chefes de Estado e de Governo de 19 países ibero-americanos.

EFE. Foto oficial no Palácio Real de esquerda a direita: (primeira fila) Luis Alberto Lacalle Herrera (Presidente do Uruguai); Jorge Serrano (Presidente da Guatemala); Fernando Collor de Melo (Presidente do Brasil); Rei Juan Carlos I (Chefe de Estado da Espanha); Carlos Salinas de Gortari (Presidente do México); Carlos Menem (Presidente da Argentina); Joaquín Balaguer (Presidente da República Dominicana); (segunda fila) Jaime Paz Zamora (Presidente da Bolívia); Patricio Aylwin (Presidente do Chile); Rodrigo Borja (Presidente do Equador); Alfredo Cristiani (Presidente de El Salvador); Fidel Castro Ruz (Presidente de Cuba); Aníbal Cavaco e Silva (Primeiro Ministro de Portugal); (fila superior) Violeta Chamorro (Presidenta da Nicarágua); Guillermo Endara (Presidente do Panamá); Rafael Callejas (Presidente de Honduras); Rafael Calderón Fournier (Presidente da Costa Rica) e Andrés Rodríguez (Presidente do Paraguai).

A II Cimeira Ibero-americana foi realizada a 23 e 24 de julho de 1992. A cidade de Madri (Espanha) recebeu os Chefes de Estado e de Governo de 19 países ibero-americanos.

O objetivo desta reunião multilateral foi estabelecer acordos para criar espaços de trabalho que permitam e promovam a cooperação entre os países membros. Por isso, o lema que se designou para a II Cúpula Ibero-americana foi: “Criação de novos instrumentos operativos que permitam a cultura de cooperação”.

No marco deste diálogo político de alto nível, foram debatidos quatro temas principais: a concertação política, uma economia focada na integração e na cooperação, a educação ao serviço da modernização, e o desenvolvimento sustentável com um enfoque social e humano. Após o debate, os acordos se viram refletidos na Declaração de Madri, onde foi aprovada a criação de diversos instrumentos e programas focados a impulsionar a cooperação ibero-americana.

No que diz respeito ao âmbito de Educação e Modernização, pode-se ressaltar o acordo que propõe impulsionar a Cooperação Universitária e a Mobilidade de Pós-graduados (MUTIS), com o objetivo de alcançar a mobilidade de 800 pós-graduados, ao ano, pertencentes às matérias e profissões de maior prioridade para o desenvolvimento da Ibero-América.

No âmbito de Desenvolvimento Sustentável, foram pactuados acordos relacionados com: o Fundo Indígena, a Segurança Social e a Saúde. Desta maneira, foi firmado o Convênio constitutivo do Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e o Caribe, que tem como objetivo apoiar os processos de autodesenvolvimento e promoção dos direitos dos povos, comunidades e organizações indígenas existentes na região.

Na mesma linha, os Chefes de Estado e de Governo acolheram com satisfação o Acordo Ibero-americano de Segurança Social. Deste modo, foi inicializado o processo de elaboração de um Código Ibero-americano de Segurança Social que favorecerá os trabalhadores da região.

A esta reunião assistiram os líderes e representantes dos 19 países membros: Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Chile, Equador, El Salvador, Espanha, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Portugal, República Dominicana e Uruguai.

 

Chefes de Estado e de Governo que assistiram à II Cúpula Ibero-americana:

  • Carlos Menem, presidente da Argentina
  • Jaime Paz Zamora, presidente da Bolívia
  • Fernando Collor de Mello, presidente do Brasil
  • Patricio Aylwin, presidente do Chile
  • César Gaviria, presidente da Colômbia
  • Rafael Ángel Calderón Fournier, presidente da Costa Rica
  • Fidel Castro, presidente de Cuba
  • Rodrigo Borja Cevallos, presidente do Equador
  • Alfredo Cristiani, presidente de El Salvador
  • Juan Carlos I, Rei da Espanha
  • Felipe González, presidente do Governo da Espanha
  • Jorge Serrano Elías, presidente da Guatemala
  • Rafael Leonardo Callejas, presidente de Honduras
  • Carlos Salinas de Gortari, presidente do México
  • Violeta Chamorro, presidenta da Nicarágua
  • Guillermo Endara, presidente do Panamá
  • Andrés Rodríguez Pedotti, presidente do Paraguai
  • Aníbal Cavaco Silva, Primeiro Ministro de Portugal
  • Joaquín Balaguer, presidente da República Dominicana
  • Luis Alberto Lacalle, presidente do Uruguai

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