Iglesias pede para preservar a Comunidade Ibero-americana num mundo fragmentado

O Secretário Geral Ibero-americano, Enrique V. Iglesias, advogou que o processo de renovação, que será abordado na Cúpula do Panamá do próximo mês de outubro procure preservar a Comunidade Ibero-americana “num mundo muito fragmentado”.
Foi o que Iglesias afirmou durante a apresentação na sexta-feira, 14 de junho, na sede da SEGIB em Madrid…

O Secretário Geral Ibero-americano, Enrique V. Iglesias, advogou que o processo de renovação, que será abordado na Cúpula do Panamá do próximo mês de outubro procure preservar a Comunidade Ibero-americana “num mundo muito fragmentado”.

Foi o que Iglesias afirmou durante a apresentação na sexta-feira, 14 de junho, na sede da SEGIB em Madrid, do relatório “Cúpulas Ibero-americanas. Olhando atrás, um novo rumo”, elaborado conjuntamente por especialistas da Fundação Alternativas e a Fundação Global Democracia e Desenvolvimento (Funglode).

O documento analisa a evolução de 22 anos de cúpulas ibero-americanas a partir da ótica retrospectiva do conseguido durante esse período, incluídos dezenas de programas aprovados, ao mesmo tempo que faz uma explicação com propostas futuras para reforçar a cooperação ibero-americana.

Trata-se de um “trabalho prolixo, muito rico, equilibrado, construtivo e positivo” que reflete sobre “onde estamos” e planeia “onde vamos”, sintetizou Iglesias.

Entre as propostas do relatório figura que a Comunidade Ibero-americana seja mais inclusiva e pragmática, um fórum aberto e flexível no qual se possa criar uma espécie de “Ibero-américa à carta”. Também se planeia que a comunidade esteja mais ligada com outros fóruns multilaterais para aumentar a sua influência, em especial, com a União Europeia. “Necessitamos de uma estrutura mais permanente em relação à Europa”, afirmava o diretor e editor do documento, da Fundação Alternativas, Vicente Palacio.

Os especialistas que participaram no relatório concluíram que a sobrevivência das cúpulas dependerá, entre outras coisas, da implementação de mecanismos de seguimento e avaliação dos programas por parte de organismos independentes, com base numa gestão por resultados.

Na opinião dos especialistas, o que é verdadeiramente importante é definir essa Ibero-América “à carta”, em função dos objetivos e “ver o que é que cada um está disposto a contribuir”.

No encontro de chefes de Estado e de Governo de 18 e 19 de outubro no Panamá, apresentar-se-á o relatório elaborado por um grupo de reflexão, presidido pelo ex-presidente chileno Ricardo Lagos, que servirá de base para definir o futuro âmbito político e operativo deste fórum, que nasceu em Guadalajara (México) em 1991.

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