O Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias, destacou no Uruguai o papel das empresas espanholas na América Latina, e afirmou que agora se inicia uma nova etapa em que as empresas latino-americanas, entre elas brasileiras, chilenas e mexicanas, começam a investir em Espanha.
“Chegou o momento para que as empresas desta parte do planeta invistam em Espanha, e estão fazendo-o”, sublinhou durante a conferência que deu na Câmara Oficial Espanhola do Comércio, Indústria e Navegação do Uruguai. No seu discurso, abordou o tema “2011, Espanha e as suas Empresas no Bicentenário da Independência Uruguaia”.
Perante um anfiteatro preenchido por autoridades uruguaias, diplomatas, académicos, dirigentes políticos, politólogos e empresários, sublinhou que no contexto dos Bicentenários das Independências, cujo processo de comemoração no Uruguai começa no próximo ano, abrem-se oportunidades para a região, mas também para Espanha.
“Hoje a Europa e a Espanha são tão importantes para a América Latina, como a América Latina é para a Europa e para Espanha”, assegurou.
Em seguida, deu as boas-vindas às afirmações recentes de governos como o da Alemanha e da Grã-Bretanha, sobre o início de um novo processo de aproximação com a região.
Noutro momento, Iglesias resumiu a evolução crescente da participação das empresas espanholas na América Latina e o que esta região hoje significa para essas empresas em termos de receitas, actividade e emprego.
Não obstante, notou que a associação de pequenas e médias empresas latino-americanas e espanholas mostra um atraso, pelo que instou a procurar novas formas e acrescentou que a banca espanhola, com a sua forte presença em todos os países, contribuiria decisivamente para o êxito deste processo.
O Secretário-Geral Ibero-Americano referiu a presença das empresas espanholas no Uruguai e no contexto do Bicentenário, as novas áreas que se abrem a novas associações e investimentos, e as possibilidades certas para uma participação activa das PME.
A comemoração do Bicentenário, assinalou, é uma boa oportunidade para recordar o que se fez, mas também para avançar na definição de “onde queremos estar em 2030”.
Neste sentido, exortou as empresas espanholas a juntarem-se a este processo, o que seria um “gesto de maturidade cívica que nos faz bem a todos.” Afirmou então que existem coisas a fazer na área económica, social, cultural e educativa.
Recordou então que na área cultural existem alguns projectos em curso e referiu o Espaço Cultural Federico García Lorca, que se está a construir na capital do Uruguai, como exemplo dessa cooperação.
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