Em uma parceria com a Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB) e a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) realizou nesta segunda-feira, 1º, o seminário 30 anos da crise da dívida externa: as transformações na América Latina e suas perspectivas, na sede do Instituto.
O debate contou com a apresentação de Enrique Iglesias, secretário-geral Ibero-americano (SEGIB), ex-presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e ex-secretário-executivo da Cepal, que, por sua trajetória profissional, participou dos principais fatos econômicos da região nas últimas décadas.
Iglesias destacou a condução atual das políticas macroeconômicas dos países latinos e também aquelas adotadas nas décadas finais do século XX. Ele acrescentou na análise a crise financeira em que se encontra a Europa, e afirmou que o momento seria ideal para a América Latina chegar ao auge de seu destaque mundial, porém “ainda temos muitos desafios nacionais e internacionais que têm maior prioridade”.
Para o estudioso, a chave para a superação das crises pelas quais a América Latina já passou está no equilíbrio entre a austeridade fiscal e o estímulo a pequenas e médias empresas e investimentos na infraestrutura e no crédito.
Renato Baumann, diretor de Estudos e Relações Econômicas e Políticas Internacionais do Ipea, disse que as crises do passado do continente latino permitem o surgimento de novos atores nas relações internacionais e intercontinentes de comércio e diplomacia.
Carlos Mussi, diretor do Escritório da Cepal no Brasil, também participou da discussão, ao lado de Germán García, diretor do Escritório de Representação da SEGIB para o Brasil.
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