Ibero-América Dialoga com a diversidade e a inclusão

Pela mão do cantor uruguaio Jorge Drexler, Embaixador Ibero-americano da Cultura, e do bloco La Melaza foi realizada uma oficina cultural na qual, além de reconhecer a contribuição cultural das pessoas afrodescendentes na identidade ibero-americana através do candombe, representação cultural uruguaia declarada Patrimônio Imaterial da Humanidade em 2009,  foi sublinhado que a cultura ibero-americana é um ato de reivindicação, inclusão e, principalmente, de expressão da diversidade em seu máximo esplendor.

© Bright Lights Estudio

Arrancou o ciclo denominado Ibero-América Dialoga, um espaço de encontro e reflexão sobre a identidade Ibero-americana e sua influência no mundo.

Pela mão do cantor uruguaio Jorge Drexler, Embaixador Ibero-americano da Cultura, e do bloco La Melaza foi realizada uma oficina cultural na qual, além de reconhecer a contribuição cultural das pessoas afrodescendentes na identidade ibero-americana através do candombe, representação cultural uruguaia declarada Patrimônio Imaterial da Humanidade em 2009,  foi sublinhado que a cultura ibero-americana é um ato de reivindicação, inclusão e, principalmente, de expressão da diversidade em seu máximo esplendor.

O ato organizado em conjunto pela Casa de América de Madri e pela Secretaria-Geral Ibero-americana (SEGIB) teve, além disso, um painel de diálogo e reflexão sobre a origem do candombe e a participação das mulheres nesta manifestação artística. La Melaza é um bloco uruguaio integrado completamente por mulheres, diversas, livres e militantes dos direitos das mulheres afrodescendentes, por isso, e não foi por acaso que esta comparsa uruguaia tenha nascido um dia 8 de março de 2005, à luz das reivindicações do movimento feminista. O painel foi moderado pela jornalista de Rádio e Televisão Espanhola (RTVE) Ebbaba Hameida, quem manteve uma conversa com Paola Correa Ramos, ativista afro uruguaia; Camila Guimaraes, integrante do La Melaza, e Mariella Köhn, cantora, compositora, poetisa e musicóloga do Peru.

Posteriormente, Jorge Drexler, Embaixador Ibero-americano da Cultura, arrancou com a apresentação da oficina do La Melaza, descrevendo sua experiência com o bloco como uma historia de amor.  Recordou que hipnotizado pelo ritmo dos tambores que retumbavam pelas ruas do parque Rodó de Montevidéu, seguiu seu rastro até se encontrar com a surpresa de que aqueles sons não eram emitidos pelos rapazes de sempre, senão que vinham de uma mescla de amazonas, guerreiras e musas, todas juntas, tocando incrivelmente bem. Durante o “transe hipnótico” nasceu uma colaboração entre Drexler e o La Maleza que os levou a tocar juntos em concertos no Uruguai até o anfiteatro Gabriela Mistral na Casa de América.

Mais de vinte mulheres dominaram o cenário ao ritmo de seus tambores, danças e cantos em um ato de reivindicação, inclusão e diversidade que retumbou no antigo Palacio de Linares do centro de Madri. O bloco está formado por mulheres de diferentes origens, afrodescendentes ou não, todas integradas de uma manifestação cultural ibero-americana que transcende fronteiras, fusiona culturas e perdura no tempo.

O ato foi presidido pelo Diretor Geral de Casa América, Enrique Ojeda, e pela Secretária para a Cooperação Ibero-americana, Lorena Larios, quem sublinhou o trabalho realizado pela Secretaria-Geral Ibero-americana no âmbito cultural e recordou o papel fundamental desempenhado pela cultura ibero-americana como um elemento essencial da coesão social de nossos povos e como uma referência de inclusão e diversidade a nível mundial.

Volte a ver o streaming do diálogo e a oficina “O ritmo nos une”: 

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