Ibero-América nos une, atualidade e desafios da região

Na passada terça-feira, 6 de outubro, celebrou-se na Casa da América a mesa política “Ibero-América nos une”, em que os participantes fizeram uma revisão da atualidade da agenda política da região.

Na passada terça-feira, 6 de outubro, celebrou-se na Casa da América a mesa política “Ibero-América nos une”, em que os participantes fizeram uma revisão da atualidade da agenda política da região. Além da secretária geral ibero-americana, Rebeca Grynspan, participaram também o ministro de Assuntos Exteriores de Espanha, José Manuel García Margallo, e o subsecretário de Relações Exteriores do Chile, Edgardo Riveros, e o jornalista colombiano Juan Carlos Iragorri fez de moderador.

“Unem-se desafios velhos com outros novos, hoje em dia a gestão política acontece também fora de partidos políticos e não sabemos como responder a esse pedido de participação da cidadania, enquanto mantemos o sistema representativo que a minha geração valoriza e quer fortalecer”, comentou a secretária geral, “ a sociedade e a economia andam mais rápido do que as instituições que ficam atrasadas, é mais difícil fazer uma mudança institucional, continua a ser um dilema no qual devemos refletir”, insistiu.

Por outro lado, o ministro García-Margallo referiu-se à situação de Cuba, assegurando que vê como “irreversível” o processo de “mudança” de relações entre Cuba e os Estados Unidos, assim como com a União Europeia, ao que acrescentou “Todos queremos que corra bem, por isso, no final, correrá bem”.

Além de política, os oradores também abordaram temas como economia ou desigualdade social. A esse respeito, sobre o momento que a economia latino-americana atravessa, Riveros recordou que a “maioria dos países estão a crescer” apesar de “não estar a ser de acordo com as expetativas” e sublinhou que “não se está numa situação de crise apesar de haver países que estão numa situação difícil”. Além disso, afirmou que destes processos não se sai individualmente e insistiu que “é necessário fortalecer os processos de integração”.

Por sua vez, destacou a inequidade como um dos maiores “desafios” da região e apontou a necessidade de resolver a questão com políticas orientadas para evitar uma possível “instabilidade”.

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