A Secretaria-Geral Ibero-Americana acolheu na segunda-feira, 20 de dezembro, na sua sede de Madrid, a cerimónia de homenagem ao migrante, organizada pelo Sindicato de Profissionais e Trabalhadores Autónomos (UPTA), com o apoio da SEGIB, a associação Antapi, e Mita ONG, entre outras.
A atividade iniciou-se com um encontro de negócios no qual mais de 50 empresários locais e de origem estrangeira estabeleceram contato com o objetivo de encontrar novas oportunidades comerciais e de negócio. Em seguida, apresentou-se o guia do empreendedor migrante e a entrega dos prémios para a inovação e empreendorismo migrante, contando com um vasto público, composto por representantes governamentais, empresários, representantes de associações de imigrantes, assim como organizações da sociedade civil e meios de comunicação.
Beatriz Morán, Diretora da Divisão de Assuntos Sociais da SEGIB e Eduardo Abad, Delegado Nacional da Imigração da UPTA, inauguraram a cerimónia e referiram o potencial que oferece a via do auto-emprego e trabalho por conta própria para pessoas migrantes, especialmente em tempos de crise.
Num ambiente positivo e de reconhecimento, Elisabeth Delgado Betancourt recebeu o prémio pelo percurso empresarial, pelas mãos de Pablo Gómez Tavira da Comunidade de Madrid; Emilia Tonea, pelo trabalho da mulher empreendedora, pelas mãos de Almudena Fontecha, do Sindicato Geral de Trabalhadores; a Secretaria Nacional do Migrante, SENAMI, pelo fomento e promoção do empreendorismo em Espanha, entregue por Amapola Blasco do Ministério do Trabalho e Imigração; o jornal Latino, pelo trabalho de difusão do empreendorismo, por Beatriz Morán da SEGIB, e Fernando Rodríguez Espinoza, pela melhor iniciativa inovadora de empreendorismo, por Pedro Zerolo, do PSOE. Sebastián Reyna, Secretário-Geral do UPTA, e Markus González, Diretor Geral da Imigração do Ministério de Trabalho e Imigração, encerraram a cerimónia com as suas intervenções.
O evento permitiu destacar a contribuição positiva que as pessoas migrantes trazem às sociedades de acolhimento e aos seus países de origem em termos económicos, culturais e sociais, assim como também reconhecer a sua capacidade de empreendimento que se manifesta pela sua própria experiência migratória. A este respeito, salientou-se que o único coletivo sócio-económico que cresce em Espanha é o coletivo imigrante por conta própria, que constitui um dado objetivo importante, especialmente perante as opiniões subjetivas que se podem gerar em tempos de crise.
A importância de oferecer cursos de formação e acompanhamento em organização e gestão, particularmente adaptados à realidade das pessoas migrantes em Espanha tornou-se evidente, e, neste sentido, reconheceu-se o trabalho realizado pelo UPTA neste âmbito e em conjunto com outras organizações. Por fim, o guia do empreendimento foi apresentado como uma ferramenta útil de orientação para pessoas migrantes que pretendem iniciar uma atividade por conta própria.
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