O escritor Gabriel García Márquez — falecido no passado mês de abril— foi homenageado no sábado, 29 de novembro, por amigos e colaboradores dentro das atividades do primeiro dia da Feira Internacional do Livro de Guadalajara (FIL) 2014.
Durante a cerimônia, na qual participou a Secretária Geral Ibero-americana, Rebeca Grynspan, os oradores partilharam histórias e facetas sobre a vida do Prêmio Nobel da Literatura.
Grynspan referiu que o escritor ultrapassou fronteiras como um “espeleólogo exemplar” com personagens que evocam imagens e sensações próximas da história pessoal ou familiar de cada um dos seus leitores.
“Por isso García Márquez é da Costa Rica, da Colômbia, das Caraíbas, latino-americano, universal. Como dizia Gabo, “somos muitas coisas ao mesmo tempo e uma identidade não substitui a outra”.
Disse que após a publicação da sua obra “Cem anos de Solidão”, o imaginário da nossa região foi fotografado com uma precisão que “até então desconhecida”.
“Nessas páginas e noutros romances seus, revelam-se muitos dos nossos sonhos e pesadelos, dos nossos atavismos e de livros e desde então, estamos mais conscientes deles e o resto do mundo conhece-nos melhor”, sublinhou.
Comentou que, quando “Cem anos de Solidão” apareceu, em 1967, na maioria das nações da Ibero-América governavam ditaduras militares, o mundo desde então como Macondo, “transformou-se à velocidade de sempre e a América Latina também, e para tal contribuiu García Márquez, não só com a literatura, como também com o seu ativismo social”.
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