Grynpan sublinha a relação entre a igualdade de gênero e a produtividade

A incorporação das mulheres no mundo laboral contribui para o aumento da riqueza de um país e uma menor presença sua em postos diretivos e conselhos de administração das empresas pode limitar as perspectivas de crescimento mais modestas para a América Latina.

A incorporação das mulheres no mundo laboral contribui para o aumento da riqueza de um país e uma menor presença sua em postos diretivos e conselhos de administração das empresas pode limitar as perspectivas de crescimento mais modestas para a América Latina.

A Secretária Geral Ibero-americana, Rebeca Grynspan e a Vice-presidente do Banco Interamericano (BID), Julie Katzman, partilharam esta opinião que exprimiram na Assembleia anual do Conselho Empresarial da América Latina (CEAL), que se celebra desde quarta-feira até esta sexta-feira em Madrid.

Ambas se referiram a “numerosos estudos” que avalizam com dados que a incorporação das mulheres no mundo laboral implica um aumento da produtividade nas empresas e da riqueza nacional. Mais de 300 empresários participam na assembleia geral anual do Congresso Empresarial da América Latina (CEPAL), que se celebra desde ontem e até amanhã Madrid.

A Secretária Geral Ibero-americana precisou que a América Latina avançou muito em equidade de gênero através da educação e a igualdade de oportunidades, mas admitiu que essa igualdade não se reflita na prática quando se fala de mulheres em altos cargos políticos e empresariais.

“Essa sub representação não existiria se não houvesse uma barreira invisível na sociedade que impede que a equidade se manifeste nos dados”, afirmou Grynspan.

Destacou ainda a necessidade de quebrar essas “barreiras invisíveis”, não só para que as mulheres possam aceder a estes postos, mas também para que “tenham a liberdade de escolher a vida que querem levar” sem ter de escolher entre ter família ou desenvolver-se profissionalmente.

A Vice-presidente do BID assegurou que no mundo pós-crise financeira, se as empresas querem mais produtividade “necessitam de mais inclusão e diversidade”, o que significa mais mulheres em postos diretivos, uma vez que estas “têm qualidades de gestão completares às dos homens”, segundo disse.

Não obstante, reconheceu que ainda existem maiores barreiras que impedem que as mulheres cheguem a altos postas diretivos e referiu que estas hoje em dia só representam 5% do total de postos em conselhos de administração em todo o mundo.

Veja todos os assuntos