Foi apresentado na SEGIB o livro “América Latina: sociedade, economia e segurança num mundo global”

O livro “América Latina: sociedade, economia e segurança num mundo global” foi apresentado esta terça-feira, 17 de dezembro, na sede da Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB). Enrique V. Iglesias esteve acompanhado pelo Reitor da Universidade de Alcalá, Fernando Galván; pelo Diretor para a Europa do CAF, Guillermo Fernández de Soto e pelo Diretor do IELAT, Pedro Pérez Herrero.

O livro “América Latina: sociedade, economia e segurança num mundo global” foi apresentado esta terça-feira, 17 de dezembro, na sede da Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB). Enrique V. Iglesias esteve acompanhado pelo Reitor da Universidade de Alcalá, Fernando Galván; pelo Diretor para a Europa do CAF, Guillermo Fernández de Soto e pelo Diretor do IELAT, Pedro Pérez Herrero.

Fruto da cooperação entre o Instituto de Estudos Ibero-americanos da Universidade de Alcalá (IELAT) e do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), no texto abordam-se os diferentes projetos de integração e organizações regionais, assim como os problemas de governo que podem surgir num mundo globalizado onde o poder está disperso.

O estudo procura fazer um estudo transversal da situação atual da região, para analisar assim as possibilidades de futuro, referiu o diretor do IELAT.

Durante a apresentação, o Secretário Geral Ibero-americano advertiu do risco de “fragmentação” da América Latina por acordos parciais. “Da sensação de que o mundo está organizado de uma forma que não tínhamos planeado nem desejado”, disse Iglesias.

O texto também refere as mudanças dos últimos anos na posição da América Latina no mundo, em que esta região deixou de ser receptora de ajuda humanitária para passar a desenvolver programas de cooperação sul-sul.

Noutro ponto relativo a fiscalidade e coesão social, o livro preocupa-se com a heterogeneidade na região dos sistemas de proteção social, uma vez que, como referiu um dos seus autores, José Luis Machinea, em países como a Argentina, Uruguai, Chile ou Brasil, mais de 80% dos maiores de 65 anos recebem uma pensão, enquanto que noutros Estados da América Latina não chega aos 15%.

Por outro lado, o investigador do CSIC Ludolfo Paramio, encarregado do capítulo sobre desigualdades sociais, referiu a importância das classes médias emergentes a nível tanto sociológico como político, uma vez que as suas necessidades estão a marcar a agenda dos governos latino-americanos durante os últimos anos.

“Contrariamente aos prognósticos eurocêntricos, aquilo a que estamos a assistir não é uma europeização da América, mas sim a uma americanização do sistema de partidos na Europa”, apontou Paramio.

Por último, insistiu-se no desafio que significa para a região a melhoria da segurança. 

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