Estreia mundial do Ensamble Iber Dança e Música, apoiado por Iberescena e Ibermúsicas

Dois agrupamentos criados com o apoio do Conselho Nacional para a Cultura e as Artes do Fundo Nacional para a Cultura e as Artes do México, encontram-se pela primeira vez: o Ceprodac, dirigido pelo coreógrafo Raúl Parrao e o Cepromusica, cujo titular é o compositor e diretor de orquestra José Luis Castillo.

Dois agrupamentos criados com o apoio do Conselho Nacional para a Cultura e as Artes do Fundo Nacional para a Cultura e as Artes do México, encontram-se pela primeira vez: o Ceprodac, dirigido pelo coreógrafo Raúl Parrao e o Cepromusica, cujo titular é o compositor e diretor de orquestra José Luis Castillo.

Trata-se de um projeto de colaboração artística internacional para a criação coreográfica e musical conjunta chamado Ensamble Iber Dança e Música realizado a partir da convocatória Iberescena-ibermúsicas do Fundo de Ajudas para as Artes Cênicas Ibero-americanas.

A proposta reúne três peças coreográficas a partir do trabalho de seis artistas contemporâneos da dança e da música: os coreógrafos Melanie Alfie (Argentina),  Jaciel Neri (México) e Óscar Naters (Peru) e os compositores Patricia Martínez (Argentina), Santiago Pillado-Matheu Inurritegui (Peru) e José Javier Torres Maldonado (México).

Os projetos são apoiados pelos programas Iberescena e Ibermúsicas promovidos pela Secretaria Geral Ibero-americana com o fim de criar os espaços para a cultura.

Em entrevista com o Conselho Nacional para a Cultura e as Artes, Raúl Parrao, diretor do Centro de Produção de Dança Contemporânea (Ceprodac), explicou que a convocatória se lançou pela primeira vez no ano passado e a intenção é que continue e que faça os criadores participar. “Ao coreógrafo independente é difícil trabalhar com outros criadores, principalmente por questões de pagamento. Aqui este programa apoia-os com esses custos para que se concentrem no seu trabalho. O projeto é o resultado de um vínculo entre compositor e coreógrafo, onde os criadores se juntam para gerar uma obra”.

As coreografias que fazem parte do projeto estarão a cargo de bailarinos do Ceprodac, enquanto que a música será executada por membros de Cepromusic.

“A nossa intenção é apoiar os bailarinos para que tenham uma visão ampla relativamente a estilos, que sejam versáteis e que sejam sensíveis a diferentes formas de movimento, que enfrentem propostas muito diferentes em temática e técnica”, disse Parrao.

As funções realizar-se-ão na sexta-feira, 15 de agosto, às 20:00 horas, no sábado, 16 às 19:00 horas e no domingo 17 às 18:00 no Teatro Julio Castillo do Centro Cultural do Bosque, localizado atrás do Auditório Nacional.

No caso do México, apresentar-se-á a peça Rostos de fumo, a cargo do coreógrafo Jaciel Neri e do compositor José Javier Torres Maldonado, em que se aborda o tema da identidade e da migração.

“Decidimos apresentar um projeto onde focamos este transitar de gente criativa que viajou de um lugar a outro, que identifica outros contextos culturais e o que isto implica”, referiu o coreógrafo Jaciel Neri.

Na coreografia participam dois homens e duas mulheres e conta-se com um trabalho visual para apresentar a ideia do rosto e pintura corporal em busca de formas de reconstruir identidades próximas das culturas autóctones.

“Enfrentar outras bagagens criativas e outros contextos sociais, econômicos e políticos, tem uma implicação de forma criativa e amplia a imaginação enriquecendo-a”.

Acrescentou que a peça aposta em refletir em cena o lado coreográfico da música e destacou o trabalho do músico José Javier Torres Maldonado, que conta com uma vasta trajetória a nível internacional.

“Ele tem uma ampla bagagem relativamente à música contemporânea, que é intensa em termos dramáticos, com timbres que levam a imagens muito precisas através do som”.

A intenção é expor o seu trabalho a partir de uma perspectiva mais universal e não focada numa realidade local.

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