Empresárias e diretivas da Espanha e da Ibero-América reclamam mais liderança feminina frente à COVID-19

A Federação Espanhola de Mulheres Diretivas, Executivas, Professionais e Empresárias (FEDEPE) e a Secretaria-Geral Ibero-americana (SEGIB) organizaram nesta quinta-feira um encontro denominado “Mulheres líderes frente aos desafios da era pós COVID-19”.

Webinar con FEDEPE

A Federação Espanhola de Mulheres Diretivas, Executivas, Profissionais e Empresárias (FEDEPE) e a Secretaria-Geral Ibero-americana (SEGIB) organizaram nesta quinta-feira um encontro denominado “Mulheres líderes frente aos desafios da era pós COVID-19” no qual participaram destacadas empresárias e diretivas espanholas e ibero-americanas. O objetivo deste evento era pôr em comum experiências e análises de mulheres líderes, a um e outro lado do Atlântico, dentro da habitual colaboração entre a FEDEPE e a SEGIB.

A secretária-geral ibero-americana, Rebeca Grynspan alertou durante sua intervenção sobre os efeitos da pandemia na Latino-América, que concentra a metade das vítimas mortais pela COVID-19 de todo o mundo. Por isso, Grynspan pediu aos distintos governos ibero-americanos reflexão sobre as medidas implantadas. “Há de se conseguir que a voz das mulheres seja ouvida para projetar políticas públicas relacionadas com a pandemia”, assinalou.

Grynspan, que alertou também sobre o reponte da violência de gênero durante estes meses, reclamou apoio econômico urgente “para evitar problemas de solvência em setores feminizados, a economia informal e as p&mes”, muitas delas em mãos de mulheres. Por outro lado, a secretária-geral ibero-americana advertiu que “uma desescalada sem perspectiva de gênero vai afetar especialmente as mulheres, que correm o risco de voltar ao espaço doméstico”.

Na mesma linha, durante sua intervenção, a presidenta da FEDEPE, Ana Bujaldón, reclamou um Pacto de Estado “para articular medidas audazes e ágeis que evitem um retrocesso em matéria de igualdade” e “garantam o acesso ao mercado laboral e à promoção profissional das mulheres, com soluções para o problema dos cuidados e financiamento para as pequenas e médias empresas”.

“Temos mais desemprego feminino, mais precariedade, que sem dúvida vão fazer mais profundas brechas, como a salarial ou a das pensões” alertou Bujaldón que destacou que “as mulheres demonstramos nesses momentos críticos, com nossa gestão e nosso trabalho, que devemos participar ativamente da toma de decisões e no projeto da era pós COVID-19”.

As empresárias e diretivas espanholas e ibero-americanas participantes coincidiram em expressar sua preocupação pelos problemas de liquidez das p&mes, o desemprego feminino ou as implicações do teletrabalho, mas ao mesmo tempo, destacaram as oportunidades que a crise nos brinda para digitalizar as empresas; avançar em corresponsabilidade e conciliação; promover o empreendimento entre as mulheres e fortalecer as redes de colaboração entre elas.

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