II COLÓQUIO DE INVESTIGAÇÃO MUSICAL IBERMÚSICAS

15 a 17 de setembro. Hotel Palco, Havana, Cuba

Entre 15 e 17 de setembro, realizar-se-á em Havana, Cuba, o “II Colóquio de Investigação Musical Ibermúsicas”. O evento, organizado por Ibermúsicas em coordenação com o Centro de Investigação e Desenvolvimento da Música Cubana do Instituto Cubano da Música, versará sobre a “Investigação Ibero-americana em música e som: campos emergentes e campos consolidados”.

Participarão os seguintes especialistas de todos os países membros do acordo de Ibermúsicas: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai:

ARGENTINA- Diego Romero Mascaró. A inclusão das novas tecnologias e uma mudança de eixo na investigação musical a partir de uma ótica centrada na música em si mesma a fim de gerar a partir da investigação musical produtos que possam solucionar necessidades concretas de músicos, compositores, artistas sonoros e produtores.

BRASIL- Marcos Vinicio Cunha Nogueira. Realidade da investigação acadêmica na música no Brasil apresentando uma visão geral dos principais objetos de estudo e subáreas consolidadas. Análise dos principais eventos científicos de discussão desta produção, os meios de difusão dos resultados e as linhas de financiamento dos organismos públicos que apoiam a produção brasileira do conhecimento científico na música, lançado em forma de literatura como produção artística.

CHILE- Juan Pablo González Rodríguez. Análise do desenvolvimento atual de um campo de investigação musical de caráter independente e multidisciplinar que se manifesta fora do âmbito acadêmico e está a cargo dos próprios músicos, jornalistas e amadores, com a participação de apenas alguns acadêmicos fora do campo da musicologia. Três plataformas diferentes: o documentário, o livro de autor e a web.

COLÔMBIA- Santiago Niño Morales. O lugar das músicas na vida cultural e socioeconômica da Colômbia como objeto da intervenção intersectorial do Estado. O seu desenvolvimento baseado na apropriação fundamentada na cidadania do saber, conhecimento e informação das suas próprias práticas musicais, através de uma consciente atitude interrogativa a partir da academia, das comunidades de prática, das indústrias culturais e da escola. Desenho de uma política pública para o fomento da investigação e da formação de investigadores no campo musical.

COSTA RICA- María Clara Vargas Cullell. Desenvolvimento dos agrupamentos de câmara costa-riquenhos no período 1897 – 1997, através da revisão e análise dos programas pela mão dos concertos efetuados nas décadas de celebração da fundação do Teatro Nacional da Costa Rica.

CUBA- Mabel Sulay Castillo Mompié. Análise dos programas para o desenvolvimento da música gerados pelos próprios artistas e conduzidos por instituições pertencentes ao Instituto Cubano da Música como ferramenta metodológica para potenciar a criação musical em todas as suas esferas.

CUBA- Amaya Carricaburu Collantes. Análise do projeto de colaboração internacional, levado adiante na província de Mayabeque, baseado no trabalho em redes a favor do desenvolvimento do conhecimento, a promoção e transmissão da cultura camponesa, na qual, o punto guajiro é género musical por excelência.

CUBA- Ailer Pérez Gómez. Contribuição para a aplicação de políticas culturais definidas para potenciar e promover as práticas de criação, interpretação e recepção musical no país. Enfoca-se em três perspetivas fundamentais: a identificação e o processamento de um corpus fatual relacionado com os compositores, a sua trajetória, posicionamento e obra criativa, as práticas difusivas vistas através do papel de eventos musicais, como catalisadores e indicadores de processos musicais e as poéticas da composição contemporânea em função de potenciar análises musicais, históricas e historiográficas.

CUBA- Jesús Gómez Cairo. Experiências e resultados do Programa de Resgate Implementação e Difusão do Patrimônio Musical, do Instituto Cubano da Música (ICM) que tem como objetivos ser o suporte organizativo, técnico-metodológico, material e financeiro dos processos de seleção, estudo, conservação e restauração das coleções de bens patrimoniais da música.

CUBA- Laura Vilar Álvarez. Desenho de uma representação cartográfica que sistematize todo o acervo da música tradicional das populações da América Latina e do Caribe. A realização desta cartografia terá um critério integrador de todos os seus componentes: ser humano – criação, musical – instrumentos, musicais – função social e musical na vida humana, tanto no passado como na atualidade. O projeto permitirá dar visibilidade às nossas redes culturais, assim como partilhar uma experiência metodológica, de ação e reconhecimento mútuos; a criação de novos recursos de investigação, de formação de talento humano e de socialização dos resultados, assim como a riqueza da sua diversidade cultural e a sua sustentabilidade como recurso estratégico de integração na região.

MÉXICO- Yael Bitrán Goren. O Cenidim, como uma resposta perante a necessidade do Instituto Nacional de Belas Artes (INBA) de contar com um espaço especializado que se dedique à investigação, documentação e difusão da música mexicana e de integrar-se nos projetos internacionais.

PANAMÁ- Rodrigo de Jesús Escobar Herrera (Yigo Sugasti). A canção de autor panamiana e o Movimento de cantautores Tocando Madeira. Experiências das primeiras quatro gerações de cançonetistas panamianos urbanos uma plataforma de: concertos itinerantes dentro e fora do Panamá, a criação de público para o novo patrimônio imaterial musical do país, a sua difusão pelos canais de comunicação tradicionais (imprensa, rádio e televisão) e a partir das plataformas e redes sociais próprias do novo mundo digital.

PARAGUAI- Luis Alberto Szaran Boreska. Poderia a música ser um fator para colaborar com a erradicação da pobreza, a inclusão social e a não discriminação? Durante quinze anos de investigação, através do programa “Sons da Terra”, criaram-se no Paraguai mais de 200 escolas de música, administradas pelos próprios beneficiários, em zonas vulneráveis, de pobreza econômica, abandono escolar e violência juvenil. Os resultados demonstraram que a pedagogia “a orquestra escola de vida” permite fazer descobrir aos seus participantes: crianças, jovens e adultos, a fórmula fundamental para o progressos pessoal e coletivo.

PERU- Pablo Alberto Molina Palomino. Entre o patrimônio imaterial e as indústrias culturais: Brechas  no entendimento das práticas musicais para a gestão cultural a partir do setor público no Peru.

URUGUAI- Ian Lampel Ladowski. Novos caminhos de ressignificação da música tradicional e a investigação musical, abordados a partir das lentes e ferramentas trazidas pelas novas e não tão novas tecnologias. Selos de identidade musical no mundo pós-territorial, a tecnologia e a tradição como escudos e ferramentas de investigação e criação.