Cooperação e participação, chaves do desenvolvimento na América Latina

O Secretário Geral Ibero-americano, Enrique V. Iglesias, participou no dia 7 de março, em Madrid, num seminário sobre cooperação e desenvolvimento organizado pela Fundação Alternativas, onde políticos e especialistas latino-americanos destacaram a importância da participação cidadã e da cooperação econômica entre países para o desenvolvimento político, econômico e social da região.

O Secretário Geral Ibero-americano, Enrique V. Iglesias, participou no dia 7 de março, em Madrid, num seminário sobre cooperação e desenvolvimento organizado pela Fundação Alternativas, onde políticos e especialistas latino-americanos destacaram a importância da participação cidadã e da cooperação econômica entre países para o desenvolvimento político, econômico e social da região.

Durante a sua intervenção, Iglesias afirmou que o mundo se encontra numa mudança de época na qual acontece uma mudança dos modelos econômicos, políticos e do sistema de relações internacionais. Também sublinhou o grande potencial do continente graças às relações econômicas entre os seus membros, e afirmou que “vamos para um modelo econômico baseado no conhecimento, na inovação e na tecnologia”.

Por isso, Iglesias referiu que é necessário que as relações econômicas entre os países ibero-americanos se dirijam à criação de uma “cadeia de valor” que faça aumentar a produtividade.

Por outro lado, o governador do Estado brasileiro de Rio Grande do Sul, Tarso Genro, referiu-se à “incompatibilidade” da democracia participativa com “a utopia do mercado livre perfeito” e afirmou que  é necessário “escutar as pessoas” e recuperar os valores da social democracia.

Nesta linha, insistiu em que existe um “contrato político com a sociedade” para “cobrir as suas prioridades e necessidades”. Genro, que foi ministro nos governos do presidente Lula da Silva, referiu vários exemplos de participação cidadã promovidos no seu Estado e afirmou que “a política está a perder eficácia” devido à influência dos poderes econômicos e à dívida do setor público.

A este respeito, Genro referiu a necessidade de que os países latino-americanos criem sinergias políticas, econômico-produtivas e de Estados, para acelerar o desenvolvimento da região.

Na mesma linha se expressou o embaixador do Brasil em Espanha, Paulo Cesar de Oliveira, que destacou a importância da colaboração na formação de estudantes e profissionais assim como a cooperação política e judicial entre ambos os países.

De Oliveira referiu dois desafios sobre as relações bilaterais entre Brasil e Espanha frente ao crescimento econômico, como o aumento do investimento brasileiro no país europeu e que mais pequenas e médias empresas cheguem ao Brasil e se associem com empresas nacionais.

Também se referiu à participação cidadã na política o especialista do Banco Mundial em governo participativo, Tiago Peixoto, que disse que cada vez mais governos vão a este organismo para receber conselhos sobre democracia participativa.

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