Na oitava edição dos Conversatórios Ibero-Americanos no México, o Escritório de Representação da Secretaria-Geral Ibero-Americana (SEGIB), em colaboração com o Conselho Empresarial Mexicano de Comércio Exterior Investimento e Tecnologia (COMCE), deram tema ao Conversatório: “A internacionalização da economia Mexicana: Desafios e Perspectivas” com Valentín Díez Morodo como convidado de honra.
O evento realizou-se na Cidade do México, no dia 16 de junho de 2011, e foi presidido pelo subsecretário da economia do México, José Antonio Torre Medina; os subsecretários de Relações Exteriores, Rubén Beltrán e Rogelio Granguillhome; o Embaixador de Espanha, Manuel Alabart; o Embaixador do Chile, Germán Guerrero Pavez; o presidente de Aeroméxico, José Luis Barraza, e o diretor do Escritório da SEGIB no México, Manuel Guedán.
O diretor do Escritório abriu o Conversatório e citou Enrique V. Iglesias, para afirmar que não se pode conceber uma América Latina sem o México, e não se pode conceber o México sem a América Latina e que, nos últimos anos, tanto o setor empresarial como o Ministério de Assuntos Exteriores dedicaram especial interesse aos assuntos ibero-americanos.
Valentín Díez Morodo, presidente do COMCE, destacou a importância dos mercados comerciais e o desafio de alguns convénios multilaterais. Assinalou que a partir de 1986 realizaram-se uma série de ações no México, orientadas para a modernização da indústria e o desenvolvimento do comércio exterior com base em cinco elementos fundamentais: 1- A internacionalização da indústria mexicana mediante a sua inserção adequada no processo de globalização; 2 – O desenvolvimento da tecnologia e aumento de produtividade e qualidade dos produtos; 3 – A desregulação dos diversos setores da economia; 4 – A promoção das exportações; e 5 – O fortalecimento do mercado interno e a melhoria do nível de vida da população.
Comentou que a introdução destes elementos deu um grande impulso à política industrial e à promoção das exportações, no entanto, o problema da competitividade no México deve-se em parte aos conflitos entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo; os reformistas e os conservadores geraram uma enorme perda de tempo e recursos que deveriam ser utilizados para construir e não para paralisar, além disso gera-se um clima hostil para atrair e reter as empresas que poderiam considerar o México um destino ideal para se desenvolverem competitivamente.
Hugo Beteta, diretor da sede sub-regional da CEPAL no México e comentador convidado, contribuiu dizendo que o México deve retirar maior proveito dos tratados de comércio livre que tem assinados com 43 países. Assinalou que “… a estratégia de liberalização em torno do NAFTA necessita de renovar-se, uma vez que se alcançaram resultados mas é preciso fazer um esforço nacional coerente, as bases existem mas é bastante importante assumir os desafios e reptos”.
Jorge A. Schiavon, investigador do Centro de Investigação e Docência Económicas, também comentador convidado, resumiu a transição do modelo económico mexicano desde há 30 anos, e referiu que apesar de ser certo que a década dos anos 2000 o ter sido para a América Latina, mas não o foi para o México; no entanto, concordou com a necessidade de aproveitar os tratados internacionais que o México tem assinados.
Durante o colóquio, o Subsecretário para a América Latina e Caribe, Rubén Beltán referiu a competitividade e inovação da economia mexicana. Atualmente tem-se uma estratégia clara com a América Latina em política exterior e liderança da região. Destacou que a recente aliança do pacífico com o Peru, Colômbia e Chile, deixará ao México um mercado de exportações maior que o MERCOSUR.
Por fim, o Conversatório Ibero-Americano encerrou com um reconhecimento especial a Valentín Díez-Morodo pelo seu destacado compromisso com a comunidade ibero-americana. O Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias, deixou uma mensagem de felicitação e destacou que a globalização chegou às empresas da América Latina, o qual é indispensável e inerente às empresas da região.
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