No Instituto Veracruzano de Cultura, diversas Associações mexicanas e espanholas comemoraram a chegada em 1939 do barco Sinaia com o maior contingente de exilados: mais de 1200. Muitos deles eram destacados intelectuais como José Gaos, Reitor da Universidade Complutense; o filósofo Adolfo Sanchez Vázquez ou o poeta catalão Ramón Xirau, entre outros.
A comemoração durou dois dias nos quais tiveram lugar conferências magistrais, a cargo de acadêmicos da Universidade de Veracruz, da UNAM e da UNED espanhola, assim como a projeção de reportagens testemunhais de grande valor histórico.
A cerimônia de inauguração foi presidida por Carmen Tagüeña, Presidente Do Ateneu espanhol; Rodolfo Mendoza, Diretor do IVEC; María Luisa Capella, Diretora do Centro da UNED; José Francisco Mejía, Diretor do Centro de Emigrações e Exílios e Manuel Guedán, Diretor do Escritório da SEGIB no México.
O representante da SEGIB afirmou que a Cúpula Ibero-americana que terá lugar na cidade de Veracruz nos próximos dias 8 e 9 de dezembro será um momento oportuno para agradecer ao México o papel solidário que teve com todos os exilados ibero-americanos durante o século passado. Começou com o espanhol nos anos quarenta e continuou acolhendo os democratas do cone sul: chilenos, uruguaios, paraguaios, argentinos… Também destacou o papel de acolhimento e mediação que o México desempenhou no conflito Centro-americano durante os anos 70 e 80.
Posteriormente, diversas autoridades, entre as quais estava a Reitora da Universidade Veracruzana, Sara Ladrón de Guevara; o Presidente Municipal de Veracruz, Ramón Poo, e o Diretor do IVEC, Rodolfo Mendoza, descerrou-se no porto uma placa comemorativa.
À emotiva cerimônia assistiram sobreviventes que chegaram nos barcos fretados pelo governo do México, vindos de França ocupada pelos nazis. Graças a esta ação humanitária milhares de espanhóis salvaram a sua vida. Também se presou homenagem ao Cônsul mexicano em Marbella, Gilberto Bosques, pelo seu heroico trabalho de proteção.
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