Hoje, sexta-feira, 3 de dezembro, começa em Mar del Plata, Argentina, a XX Cúpula Ibero-Americana, que reúne os Chefes de Estado e de Governo dos 22 países ibero-americanos sob a presidência de Cristina Fernández de Kichner como anfitriã do encontro.
O eixo central da Cúpula gira este ano em torno do tema Educação para a inclusão social, e tornará oficial o projeto Metas Educativas 2021, já aprovado pelos ministros da Educação ibero-americanos, que foi elaborado com a valiosa contribuição da OEI (Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura). O projeto Metas Educativas 2021 prevê um investimento total de 76.000 milhões de dólares até 2021. Também se aprovou a criação em 2011 de um Fundo Solidário de Cooperação Educativa de caráter voluntário dotado com 3.000 milhões de dólares.
Na agenda de hoje prevê-se durante a manhã a reunião de Ministros dos Assuntos Exteriores, e, durante a tarde, a inauguração oficial com os mandatários dos 22 países. Também haverá um concerto da Orquestra Juvenil do Bicentenário, composta por quase cem jovens músicos de todos os países ibero-americanos.
Para preparar os trabalhos da XX Cúpula, a SEGIB desenvolveu ao longo do ano um intenso calendário de trabalho: o Fórum de Ministros da Educação UE –ALC “Educação, Inovação e Inclusão Social”, em Madrid; o Seminário sobre Educação para a Inclusão Social, em Buenos Aires; a Reunião de Vice-Ministros da Educação, em Bogotá; a XX Conferência Ibero-Americana de Ministros da Educação, em Buenos Aires; o Congresso Ibero-Americano de Educação, em Buenos Aires, assim com o múltiplas reuniões bilaterais.
Como resultado direto desta Cúpula, espera-se a assinatura amanhã de três importantes acordos: a Declaração oficial, o Plano de Ação e os Comunicados Especiais, que abordarão o conjunto de temas prioritários na ação dos Governos ibero-americanos.
Por quê “Educação para a Inclusão Social?
· Como afirma o Projeto Metas Educativas 2021, devemos estabelecer as bases da Educação que queremos para a geração do Bicentenário.
· E, apesar do aumento do investimento educativo e as reformas que a maior parte dos países ibero-americanos desenvolveram, as desigualdades educativas persistem e, em alguns casos, aumentaram.
· A educação é uma condição indispensável para conseguir uma sociedade mais equitativa. Quem não tem acesso a ela carece das competências que o habilitam para uma boa inserção laboral, fica excluída do mercado de trabalho e sofre na sua condição de cidadão.
· Como recordou o Secretário-Geral Ibero-Americano durante um recente Congresso em Buenos Aires, quatro séculos antes da era cristã já Platão nos disse que “o mais importante e principal negócio público é a educação da juventude”. Continua a ser o desafio da nossa vida.
· A Ibero-América constitui uma pedreira de recursos humanos, de memória histórica e patrimonial, de bens culturais ancestrais e ouros atuais em incessante e massiva produção, de criatividade e imaginário incalculáveis. Por isso temos um futuro comum que não pode deixar de ser de esperança.
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