Balanço e perspectivas das relações entre a América Latina, o Caribe e a União Européia

O seminário “De Madrid a Santiago, um caminho por percorrer”, que faz o balanço e explora as perspectivas das relações entre a América Latina o Caribe e a União Européia, celebrou-se na segunda-feira, 11 de junho, na sede da SEGIB em Madrid.
A abertura do seminário…

O seminário “De Madrid a Santiago, um caminho por percorrer”, que faz o balanço e explora as perspectivas das relações entre a América Latina o Caribe e a União Européia, celebrou-se na segunda-feira, 11 de junho, na sede da SEGIB em Madrid.

A abertura do seminário contou com as intervenções do Secretário de Estado espanhol para a UE, Íñigo Méndez de Vigo; do Secretário Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias, e do Diretor Geral Adjunto para Assuntos Bilaterais e representante do Ministério chileno de Exteriores para a Cimeira CELAC-UE, Rodrigo Gaete. Na abertura, os intervenientes destacaram que no atual cenário de crise as oportunidades estão abertas para a América Latina.

A Ibero-América “é uma saída natural” para que a Europa procure vias para superar a crise atual através de uma maior cooperação com outros países e evite o risco e cair no “ensimesmento” assinalou Íñigo Méndez de Vigo.

Segundo Méndez de Vigo, no que diz respeito à Europa, a solução dos seus problemas atuais não passa por fechar-se em si mesma, como fez noutras ocasiões no passado.

Pelo contrário, acredita que “as relações comerciais com terceiros países desempenham um papel absolutamente crucial”.

Neste contexto, afirmou que “apostar em mais Europa significa também apostar em melhores relações comerciais com outros países” e a América Latina reúne muitas condições para ser uma “saída natural”.

Pelo seu lado, Enrique V. Iglesias destacou que a região faz parte da solução para os problemas europeus, uma vez que é “a economia emergente mais importante do mundo ocidental”, e, por isso, oferece excelentes oportunidades comerciais para a “revitalização da Europa”.

“Os últimos anos foram de uma expansão sem precedentes na história econômica da América Latina e do Caribe e demonstraram como o crescimento se centra numa melhor capacidade de administração das economias, mas também em bons ventos do exterior”, acrescentou Iglesias na sua intervenção.

A União Européia e os países da América Latina e o Caribe movimentam cerca de 20% do intercâmbio comercial internacional. A UE é também o maior investidor na região segundo o seu parceiro comercial.

No entanto, para Rodrigo Gaete esta tendência é “decrescente”, especialmente nos investimentos, e por isso é necessário construir uma aliança sustentável a longo prazo.

A contração do investimento e a sua escassa diversificação, explicou, assim como as mudanças e características na cooperação européia que afetam os países latino americanos “constituem novos cenários que devemos abordar de forma pró-ativa”.

“Para a América Latina e o Caribe, a União Européia continua a ser um modelo de integração e o espelho o qual o nosso continente quer olhar-se. O seu modelo comunitário demonstrou-nos que a integração é a melhor maneira para crescer e solucionar problemas comuns”, acrescentou Gaete.

As sessões posteriores à inauguração, nas quais participaram representantes de alto nível da União Européia e da América Latina, centraram-se em destacar a relevância dos novos regionalismos e os processos de integração, assim como em analisar as oportunidades e desafios que enfrentam.

A apresentação das conclusões e o encerramento do seminário estiveram a cargo do Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias, e da Presidente da Fundação EU-LAC, Benita Ferrero-Waldner

 

 

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