As universidades ibero-americanas, a uma convergência frutífera

Enrique V. Iglesias participou no dia 1 de Junho na sessão de encerramento de Universia 2010 em Guadalajara (México), II Encontro de Reitores ibero-americanos que reuniu representantes de mais de mil universidades da região.
Depois de reconhecer que a profunda crise económica que o mundo vive…

Enrique V. Iglesias participou no dia 1 de Junho na sessão de encerramento de Universia 2010 em Guadalajara (México), II Encontro de Reitores ibero-americanos que reuniu representantes de mais de mil universidades da região.

Depois de reconhecer que a profunda crise económica que o mundo vive irá prolongar-se, Enrique V. Iglesias, Secretário Geral ibero-americano, salientou que as universidades devem ajudar com uma educação de qualidade, modernização e ética para que a sociedade se adapte às novas mudanças. “Acredito que o mundo do futuro necessita de ter evidentemente uma sociedade mais honesta, empresas mais responsáveis em termos de questões sociais e um governo mundial com determinados princípios éticos muito mais respeitados do que temos tido nos últimos tempos, uma globalização humanizada, isto é, uma globalização onde possamos ser capazes de oferecer a todos os países igualdade de oportunidades…”

A Agenda de Guadalajara, assinada no final do encontro por 1009 universidades ibero-americanas, orientará durante a próxima década as estratégias educativas da região, que pretendem alcançar a convergência e impulsionar a mobilidade e a equivalência dos estudos universitários.

Para dar seguimento aos objectivos determinados neste encontro irá ser criado um “observatório” das propostas realizadas com as quais se pretende consolidar o “Espaço Ibero-americano do Conhecimento”. Entre as medidas acordadas destaca-se o apoio aos programas de mobilidade e intercâmbio de estudantes, à imagem das bolsas Europeias “Erasmus”, assim como o processo de convergência e equivalência de estudos.

Emilio Botín, presidente do Banco Santander e do portal Universia, anfitrião do encontro, anunciou na cerimónia de encerramento o lançamento de um programa de bolsas de estudo que permitirão a mobilidade internacional de 15000 universitários e de 3000 jovens investigadores ibero-americanos.

As universidades ibero-americanas acordaram difundir junto aos Governos, instituições, empresas e sociedade a necessidade da existência de uma ibero-américa articulada em torno do conhecimento.

Os reitores que assistiram ao encontro declararam o seu compromisso com a coesão e inclusão social, comprometendo-se a fomentar estes valores nos seus programas de formação.

Provavelmente o mais importante do II Encontro de Reitores Universia é o firme compromisso manifestado pelas instituições académicas para o implementar. E, além disso, também determinaram como querem que seja realizado, com um documento de propostas entre as quais se destaca a criação de “um amplo e ambicioso programa de mobilidade e intercâmbio estudantil e de profissionais” para conseguir que em 2015 englobe cerca de 2,5% dos estudantes, docentes e investigadores – na Europa o objectivo de mobilidade estudantil é de 20% para 2020 -. Isto exige, entre outros aspectos, melhorar os sistemas de equivalência de estudos entre universidades.

 

 

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