O Relatório do Estado da Região da América Central, que abarca o período 2009-2011, foi apresentado perante os organismos internacionais e os representantes diplomáticos acreditados no Panamá, pela Coordenadora de Investigação do Relatório, Evelyn Villarreal, com o co-patrocínio do Escritório de Representação para a América Central e Haiti da SEGIB.
O Relatório, elaborado por investigadores e especialistas como um instrumento a partir da América Central e para a América Central, analisa e dá seguimento aos principais desafios do desenvolvimento humano sustentável da região. Além disso, oferece um olhar profundo sobre um conjunto de temas chave para conhecer a evolução mais recente da América Central. É, sem dúvida, uma documentação seletiva de processos na qual se precisa e pormenoriza o que os diversos atores sociais, econômicos, políticos e institucionais levaram a cabo no Istmo e está focado nas condições de vida das pessoas que habitam na região, procurando com isso contribuir para a promoção do desenvolvimento humano sustentável. Para a sua elaboração, o Relatório conta com o patrocínio da Agência Espanhola de Cooperação para o Desenvolvimento (AECID) e a Cooperação (DANIDA), entre outros.
Entre os dados que fornece, importa destacar que o desempenho dos mercados internos e o comércio intra-regional mitigaram o impacto da crise internacional de 2008-2009 nas economias da América Central. Nos piores momentos do triênio, todos os Estados aumentaram os seus níveis de investimento social e promoveram medidas para proteger os sectores mais vulneráveis dos impactos da crise internacional. Em maior ou menor medida, a cobertura educativa aumentou em todos os níveis e em todos os países, e de continuar a tendência, pareceria que a região poderia alcançar a meta estabelecida nos Objetivos do Milênio para 2015. Por outro lado, apesar de ter havido melhoras na pré-escolar e na secundária, ainda persistem fossos consideráveis. Com a exceção da Costa Rica e do Panamá, mais de 50% das crianças não frequentam a educação pré-escolar, etapa chave no desenvolvimento humano.
Por outro lado, entre os muitos desafios que a região enfrenta, o Relatório destaca que durante os últimos anos, na América Central registrou-se um aumento significativo dos efeitos sócio-econômicos provocados por eventos naturais extremos, em especial tempestades, inundações e deslizamentos. Isto aumentou a vulnerabilidade da região. Isto obriga a região a tomar uma série de medidas e solicitar a colaboração internacional, pelo que os Chefes de Estado da América Central convocaram uma Cúpula para o dia 16 de dezembro, em São Salvador, no quadro da qual se realizará uma reunião do Grupo Consultivo, formado por países e organismos cooperantes.
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