Apresentação do Relatório Elcano 16: Relações Espanha – Brasil

O Relatório elcano 16: Relações Espanha-Brasil foi apresentado hoje, sexta-feira, com a participação da Secretária-Geral Ibero-americana, Rebeca Grynspan; o Embaixador do Brasil em Espanha, Paulo C. de Oliveira Campos; o Secretário de Estado de Cooperação Internacional para a Ibero-América, Jesús Gracia; o representante na Europa do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Alejando Álvarez von Gustedt; o Presidente do Real Instituto Elcano, Emilio Lamo de Espinosa e o investigador principal do Real Instituto Elcano e coordenador do Relatório, Carlos Malamud.

O Relatório elcano 16: Relações Espanha-Brasil foi apresentado hoje, sexta-feira, com a participação da Secretária-Geral Ibero-americana, Rebeca Grynspan; o Embaixador do Brasil em Espanha, Paulo C. de Oliveira Campos; o Secretário de Estado de Cooperação Internacional para a Ibero-América, Jesús Gracia; o representante na Europa do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Alejando Álvarez von Gustedt; o Presidente do Real Instituto Elcano, Emilio Lamo de Espinosa e o investigador principal do Real Instituto Elcano e coordenador do Relatório, Carlos Malamud.

Durante a apresentação, Rebeca Grynspan considerou que Espanha e a SEGIB deveriam procurar “maiores cumplicidades” com o Brasil, apesar de ter destacado que o Brasil participa em numerosos projetos da comunidade ibero-americana e reconheceu ter recebido um acolhimento “entusiasta” por parte das autoridades brasileiras.

Por outro lado, o Embaixador brasileiro Paulo C. de Oliveria defendeu que a relação bilateral com Espanha se baseie em “interesses concretos”. Além disso, negou que o Brasil oponha “resistência” ao sistema de Cúpulas Ibero-americanas – nas quais sempre participou – apesar de se ter mostrado contra a utilização deste fórum como “instrumento” para olhar de forma crítica apenas a América Latina, passando por alto os problemas de Espanha e Portugal.

Na sua intervenção, Gracia apresentou Espanha como o “melhor parceiro” que o Brasil pode encontrar na UE e mostrou-se convencido de que o Brasil também estará muito mais cômodo com Espanha no Conselho de Segurança do que com outros países que rivalizaram com o nosso país por dois lugares neste organismo, a Turquia e a Nova Zelândia.

O presidente do Elcano resumiu as duas recomendações principais que propõe ao Governo espanhol o relatório feito pelo think tank. Em primeiro lugar, que primem os interesses “bilaterais” para, a partir deles, se concertar no cenário internacional naqueles temas que interessem a ambos e, dois, que evite “sobre-dimensionar” o protagonismo espanhol nas Cúpulas Ibero-americanas. 

O relatório do Elcano propõe outras ideias para melhorar a relação bilateral, como abrir uma “profunda reflexão” sobre o número e atual localização dos escritórios comerciais no Brasil; fomentar a presença brasileira em determinados setores da indústria espanhola (cimento, celulose, calçado e petróleo, entre outros); favorecer os laços entre empresários ou tirar maior partido do programa de intercâmbio de estudantes e investigadores Ciência sem Fronteiras.

Veja todos os assuntos