O Escritório de Representação da SEGIB em Montevidéu organizou no dia 6 de outubro, juntamente com a Agência Uruguaia de Cooperação Internacional e o Programa Ibero-americano para o Fortalecimento da Cooperação Sul-Sul a apresentação do Relatório da Cooperação Sul-Sul na Ibero-América 2013-2014.
Durante a apresentação, referiu-se que o documento, elaborado pela Secretaria Geral Ibero-americana em colaboração com as instituições governamentais de cooperações, recolhe anualmente os números sobre projetos e ações de cooperação na região. O último relatório revela um grande progresso relativamente a anteriores edições, o que foi possível graças aos avanços alcançados durante os últimos anos, tanto em matéria metodológica e de harmonização da informação, como também pelos esforços em prol de uma maior institucionalização e coordenação interna em matéria de cooperação internacional.
Além de uma explicação acerca da estrutura e elaboração do relatório, destacam-se os principais resultados de acordo com os dados do ano de 2012. Os países ibero-americanos levaram a cabo 506 projetos e 203 ações de cooperação horizontal bilateral, que tiveram como principais receptores o Equador, El Salvador, Bolívia e Paraguai. Cerca de 45% desses projetos foram destinados a fortalecer capacidades relacionadas com as economias nacionais e pouco mais da quarta parte correspondeu a projetos com objetivos sociais.
Brasil, México e Argentina encabeçaram a Cooperação Sul-Sul na Ibero-América e concentraram, juntamente com o Chile e a Colômbia, 90% dos projetos bilaterais que se ofereceram.
Também se registraram 77 projetos e 55 ações de cooperação triangular. Primeiros ofertantes foram Chile, México, Colômbia e Brasil; e no papel de segundos ofertantes, destacaram-se Alemanha, Japão, Estados Unidos e Austrália.
Relativamente à Ajuda Oficial ao Desenvolvimento (AOD) em 2012 a Ibero-América recebeu 6.215 milhões de dólares, 40% procedentes de doações de França e Estados Unidos. Também nesta lista se incluem organismos internacionais como o BID, a UE e outros países tais como Alemanha, Noruega, Espanha e Canadá. Neste mesmo período o Brasil transformou-se, pela primeira vez, o principal país receptor de AOD da Ibero-América, enquanto que Espanha, um dos contribuintes históricos da região, foi deslocada para a quinta posição na classificação de nações doadoras.
Em matéria de cooperação horizontal sul-sul horizontal regional, identificaram-se 38 programas e 13 projetos.
Por fim, referiram-se os desafios que significa para a Ibero-América a adaptação da nova agenda pós 2015 e a necessidade de incorporar na referida agenda o diálogo entre o local e o global.
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