O Relatório anual do Observatório para a Igualdade de Género da América Latina e Caribe foi apresentado na segunda-feira, 2 de maio, em Lisboa, com a participação da Secretária de Estado de Igualdade de Portugal, Elza Maria Deus Pais; a Diretora General do Instituto da Mulher do governo de Espanha, Laura Seara; a Diretora da Divisão de Género da CEPAL, Sonia Montaño, e Mª Jesús Aranda em representação da SEGIB.
O Observatório para a Igualdade de Género da América Latina e Caribe deve a sua criação ao mandato realizado pelos governos da região durante a décima Conferência Regional sobre a Mulher da América Latina e Caribe de 2007. É a partir de 2008 que se coloca em marcha com o objetivo de contribuir para o fortalecimento e sistematização da produção das estatísticas de género; para dar seguimento às políticas públicas destinadas a fomentar a igualdade de género; apoiar os governos na análise da realidade regional, e difundir boas práticas de políticas de igualdade de género.
O Observatório para a Igualdade de Género, que inclui também Espanha, Portugal e Andorra, conta não só com um parâmetro na análise comparativa, como também com uma história que aproxima a região com os países da península ibérica, para além de um passado comum marcado pela transmissão de valores culturais.
Durante a apresentação do relatório anual em Portugal, o ênfase das oradoras foi colocado sobre o aumento de poder económico das mulheres, promovendo um pacto político pela igualdade económica de homens e mulheres, e centrando-se no emprego de qualidade, onde a igualdade no mercado e a família são um requisito central que deve ser assumido ao mais alto nível de tomada das decisões.
A Secretária de Estado portuguesa sublinhou que a igualdade de género é essencial para a competitividade e desenvolvimento. Elza Pais, destacou também que isto coincide com a criação de ONU-Mulheres e felicitou a CEPAL pelo Observatório para a Igualdade de Género e a agenda de igualdade. “O conhecimento é central”, sublinhou, e recordou os acordos de Brasília sobre o Observatório. Por último, a secretária destacou os avanços realizados no seu país em matéria de leis de violência, de saúde sexual e reprodutiva, de paridade, de parentalidade e de casamento homossexual, que vão na direção da agenda de Brasília e que são parte dos seus planos de igualdade em 115 governos locais.
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