Apresentação do Estudo “Governabilidade e Convivência Democrática na América Latina”

O estudo de opinião pública, apresentado no dia 2 de Novembro na sede da SEGIB, é outro dos resultados da fecunda colaboração entre FLACSO e AECID em torno do projecto Governabilidade e Convivência Democrática na América Latina.
O estudo foi apresentado por Francisco Rojas, Secretário-Geral de…

O estudo de opinião pública, apresentado no dia 2 de Novembro na sede da SEGIB, é outro dos resultados da fecunda colaboração entre FLACSO e AECID em torno do projecto Governabilidade e Convivência Democrática na América Latina.

O estudo foi apresentado por Francisco Rojas, Secretário-Geral de FLACSO, com as intervenções de Juan Pablo de Laiglesia, Secretário de Estado de Assuntos Exteriores e Ibero-América (MAEC), e de Enrique V. Iglesias, Secretário-Geral Ibero-Americano, que assinalou a relevância do trabalho devido à importância que tem conhecer o estado de espírito dos povos e porque é necessário conhecer melhor o que se passa nas sociedades latino-americanas, que são muito complexas. Sabendo mais, será possível implementar políticas adequadas, pois convém repensar a democracia a partir do conhecimento de como funciona na prática.

Neste estudo de opinião pública na América Latina, realizado conjuntamente pela equipa de FLACSO e pela consultora especializada em inquéritos IPSOS nos meses finais de 2009, quase 10.000 entrevistados de 18 países expressam as suas opiniões sobre questões centrais na construção democrática latino-americana, de acordo com orientações metodológicas de grande rigor.

Tal como mostra o estudo, o principal problemas para o latino americano é a presença esmagadora da delinquência e narcotráfico na região. Assim o considera cerca de 67,5% dos inquiridos. “É uma preocupação esmagadora, muito acima inclusivamente das questões que sempre primaram na zona, como o tema da pobreza”, declarou Enrique V. Iglesias, que qualificou a questão de “impacto quantificado” uma vez que nestes momentos “a região é a mais violenta do planeta”. O número de homicídios aumenta progressivamente: cada vez morrem e matam mais jovens menores de 29 anos, o que foi considerado como “genocídio juvenil”.

O inquérito mostra o poder dos meios de comunicação. 61,9% dos inquiridos confiam nos noticiários da televisão mais do que nos seus presidentes (47,6%) ou nas Forças Armadas (43,2%) ou nos políticos (14,3%). De facto, consideram a referência nos meios de comunicação o melhor modo para ser ouvido e canalizar as suas inquietações perante os modos clássicos como recorrer às urnas ou à justiça.

O estudo mostra também que uma importante maioria apoia a manutenção das forças armadas, em relação às quais existe apenas o medo de golpe de Estado. Isto é prova da consolidação das democracias na América Latina e é um motivo de felicitação.

Para mais informação: Estudo de Opinião Pública na América Latina 2009-2010 (ESP)

Palavras de Juan Pablo de Laiglesia, Secretário de Estado de Assuntos Exteriores e Ibero-América (MAEC) (ESP)

Apresentação do Estudo de FLACSO (ESP)

 

 

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